Editor do WikiLeaks diz que Lula garantiu que o caso Assange será prioridade em sua política externa
© AP Photo / David CliffKristinn Hrafnsson fala a apoiadores de Julian Assange do lado de fora do Tribunal Superior em Londres. Reino Unido, 28 de outubro de 2021
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Kristinn Hrafnsson disse nesta sexta-feira (20) que viajou pela América do Sul para se reunir com presidentes de vários países, e recebeu apoio de Lula.
O editor-chefe do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson, disse que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), garantiu que se empenharia para encontrar uma solução para o caso do fundador do WikiLeaks, Julian Assange.
"O presidente Lula me garantiu que a luta para acabar com a injustiça do caso Assange seria uma prioridade em sua política externa", disse Hrafnsson nesta sexta-feira (20).
Hrafnsson observou que viajou à América do Sul para se reunir com os presidentes de vários países e eles expressaram preocupação com o precedente aberto pelo caso contra Assange no que diz respeito às liberdades fundamentais.
"Recebi o mesmo forte apoio de Gustavo Petro, presidente da Colômbia, que pediu a libertação de Julian e o fim da perseguição. Por último, conheci Andreas Manuel Lopez Obrador, presidente do México, que sempre apoiou Julian. Foi Obrador quem disse que se Julian fosse extraditado para os Estados Unidos, a Estátua da Liberdade deveria ser desmontada e devolvida à França", disse Hrafnsson.
Hrafnsson veio ao Brasil em novembro de 2022, quando se reuniu com Lula. Na ocasião, Lula expressou solidariedade a Assange e classificou sua prisão como "injusta".
Estive com @khrafnsson, editor-chefe do WikiLeaks, e com o editor Joseph Farrell, que me informaram da situação de saúde e da luta por liberdade de Julian Assange. Pedi para que enviassem minha solidariedade. Que Assange seja solto de sua injusta prisão.
— Lula (@LulaOficial) November 29, 2022
📸: Cláudio Kbene pic.twitter.com/DuSvdEBQQY
Em 2019, as autoridades do Reino Unido prenderam Assange em Londres, por ordem de um pedido de mandado de prisão do governo dos EUA. Assange enfrenta a possibilidade de extradição para os Estados Unidos e uma sentença de até 175 anos em prisão de segurança máxima, se for condenado por acusações de espionagem feitas contra ele pelo governo americano. As acusações incluem divulgar informações sigilosas do governo americano e violar a Lei de Espionagem do país.
O australiano de 51 anos se refugiou na Embaixada do Equador em junho de 2012, até sua prisão, em abril de 2019. Posteriormente, começaram suas audiências de extradição. Assange foi mantido no Reino Unido na notória prisão de Belmarsh.
O australiano de 51 anos se refugiou na Embaixada do Equador em junho de 2012, até sua prisão, em abril de 2019. Posteriormente, começaram suas audiências de extradição. Assange foi mantido no Reino Unido na notória prisão de Belmarsh.