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ONU ignora ambientalistas e aprova plano para liberação da água de Fukushima no oceano

© AP Photo / Shizuo KambayashiFukushima, Japão (foto de arquivo)
Fukushima, Japão (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 21.01.2023
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Apesar dos alertas de ambientalistas sobre os riscos do despejo de água radioativa no oceano, uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) deu aval plano do governo do Japão.
De acordo com a agência nuclear da ONU, os reguladores japoneses "mostraram compromisso em cumprir os padrões internacionais de segurança" no despejo da água armazenada na usina nuclear de Fukushima.
Gustavo Caruso, chefe da força-tarefa da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), disse que sua equipe visitou a usina danificada de Fukushima esta semana e testemunhou as inspeções da Autoridade de Regulação Nuclear do Japão.
Ele disse que os funcionários da autoridade abordaram todas as questões levantadas pela força-tarefa e mostraram seu compromisso em seguir as normas de segurança.
A polêmica envolve os efeitos da liberação trítio e outros radionuclídeos. Alguns cientistas dizem que o impacto da exposição prolongada desses elementos no meio ambiente e nos seres humanos ainda é desconhecido. Eles dizem que o trítio afeta mais os humanos quando é consumido em peixes.
© AP Photo / Hiro KomaeA usina nuclear de Fukushima Daiichi fica nas cidades costeiras de Okuma e Futaba, vista do porto de pesca de Ukedo na cidade de Namie, nordeste do Japão, quarta-feira, 2 de março de 2022
A usina nuclear de Fukushima Daiichi fica nas cidades costeiras de Okuma e Futaba, vista do porto de pesca de Ukedo na cidade de Namie, nordeste do Japão, quarta-feira, 2 de março de 2022 - Sputnik Brasil
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A usina nuclear de Fukushima Daiichi fica nas cidades costeiras de Okuma e Futaba, vista do porto de pesca de Ukedo na cidade de Namie, nordeste do Japão, quarta-feira, 2 de março de 2022
© AP Photo / Behrouz MehriImperador japonês Naruhito (à direita) e a imperatriz Masako (à esquerda) fazem reverência às vítimas do terremoto e tsunami de Fukushima 10 anos após a tragédia.
Imperador japonês Naruhito (à direita) e a imperatriz Masako (à esquerda) fazem reverência às vítimas do terremoto e tsunami de Fukushima 10 anos após a tragédia - Sputnik Brasil
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Imperador japonês Naruhito (à direita) e a imperatriz Masako (à esquerda) fazem reverência às vítimas do terremoto e tsunami de Fukushima 10 anos após a tragédia.
© AP Photo / Shizuo KambayashiMonumento em memória das vítimas do terremoto de 2011, Namie, prefeitura de Fukushima, Japão, 9 de março de 2020.
Monumento em memória das vítimas do terremoto de 2011, Namie, prefeitura de Fukushima, Japão, 9 de março de 2020 - Sputnik Brasil
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Monumento em memória das vítimas do terremoto de 2011, Namie, prefeitura de Fukushima, Japão, 9 de março de 2020.
© East News / Kyodo/FOTOLINK

Os membros de uma equipe de investigação sul-coreano inspecionam a usina nuclear de Fukushima , em Okuma, província de Fukushima, em 17 de dezembro de 2014.

Os membros de uma equipe de investigação sul-coreano inspecionam a usina nuclear de Fukushima , em Okuma, província de Fukushima, em 17 de dezembro de 2014. - Sputnik Brasil
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Os membros de uma equipe de investigação sul-coreano inspecionam a usina nuclear de Fukushima , em Okuma, província de Fukushima, em 17 de dezembro de 2014.

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A usina nuclear de Fukushima Daiichi fica nas cidades costeiras de Okuma e Futaba, vista do porto de pesca de Ukedo na cidade de Namie, nordeste do Japão, quarta-feira, 2 de março de 2022
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Imperador japonês Naruhito (à direita) e a imperatriz Masako (à esquerda) fazem reverência às vítimas do terremoto e tsunami de Fukushima 10 anos após a tragédia.
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Monumento em memória das vítimas do terremoto de 2011, Namie, prefeitura de Fukushima, Japão, 9 de março de 2020.
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Os membros de uma equipe de investigação sul-coreano inspecionam a usina nuclear de Fukushima , em Okuma, província de Fukushima, em 17 de dezembro de 2014.

A preocupação internacional com o plano tem aumentado, e o Japão foi instado pelo Fórum das Ilhas do Pacífico, que tem 18 nações, incluindo Austrália e Nova Zelândia, a suspender o despejo de água radioativa no oceano.
O Fórum das Ilhas do Pacífico expressou preocupação com os possíveis impactos nos meios de subsistência das pessoas que trabalham na região, escreve o South China Morning Post, acrescentando que os países da região estão "firmes em sua posição de que não deve haver descarga até que todas as partes verifiquem, por meios científicos, que tal descarga é segura".
A Associação Nacional de Laboratórios Marinhos dos EUA, uma organização de mais de 100 laboratórios, também se opôs ao plano, dizendo que havia falta de dados científicos adequados e precisos que apoiassem a afirmação de segurança do Japão.
As comunidades pesqueiras locais rejeitaram veementemente o plano, dizendo que seus negócios já bastante prejudicados sofrerão novamente devido à imagem negativa do vazamento de água.
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Países vizinhos, incluindo China e Coréia do Sul, também levantaram preocupações sobre possíveis riscos à saúde.
Em 2011, um grande terremoto, seguido de um tsunami, provocou a destruição dos sistemas de refrigeração da usina de Fukushima, fazendo com que três reatores derretessem e liberassem grandes quantidades de radiação.
A água usada para resfriar os três núcleos danificados do reator, que permanecem altamente radioativos, vazou para os porões dos prédios do reator e foi coletada, tratada e armazenada em cerca de mil tanques que agora cobrem grande parte da usina.
Agora, os tanques devem ser removidos para que as instalações possam ser construídas, dando prosseguimento ao descomissionamento da usina. O futuro dessas estruturas, entretanto, permanece em debate.
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