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Chanceler alemão golpeou com os tanques as relações com a Rússia, diz especialista

© AFP 2023 / Christof StacheSoldado austríaco chega em um tanque Leopard antes dos exercícios militares amistosos de vários países
Soldado austríaco chega em um tanque Leopard antes dos exercícios militares amistosos de vários países - Sputnik Brasil, 1920, 27.01.2023
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Com a entrega de tanques para a Ucrânia, o chanceler alemão Olaf Scholz pôs termo não só à hipotética restauração das relações econômicas com a Rússia no futuro, mas provavelmente também à sua subsequente carreira como chanceler, disse à Sputnik Kirill Molchanov, diretor do Instituto para o Estudo das Consequências das Ações Militares na Ucrânia.
Nesta quarta-feira (25), o governo alemão autorizou a entrega de seus tanques de batalha Leopard 2 para a Ucrânia. Berlim pretende formar dois batalhões de tanques. Na primeira fase está previsto fornecer uma companhia de 14 tanques Leopard 2 tipo A6 das reservas da Bundeswehr – as Forças Armadas do país.
"Com isso [esta decisão] Scholz vai prejudicar muito significativamente sua carreira política, porque, de acordo com pesquisas, a maioria dos cidadãos alemães não apoia o envio de tanques à Ucrânia. Talvez esta seja sua última decisão neste posto, e ele não será mais reeleito, porque na sociedade alemã o pedido era por negociações e por uma solução, não por operações de combate e vitória sobre a Rússia no campo de batalha", disse Molchanov.
O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius (à direita), observa um treinamento com armas de fogo durante sua visita às tropas das forças armadas alemãs Bundeswehr em uma área de treinamento militar em Altengrabow, perto de Moeckern, leste da Alemanha, em 26 de janeiro de 2023. - Sputnik Brasil, 1920, 26.01.2023
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Entretanto, pouco antes da decisão de fornecer os tanques, o chanceler alemão apontou que a prontidão de Berlim para tal decisão dependia se os parceiros em Washington e os aliados da OTAN tomassem a mesma decisão. Mas o primeiro governo a anunciar publicamente a entrega foi precisamente o alemão.
"A Alemanha foi forçada a liderar o processo. No encontro [na base aérea] de Ramstein [o líder ucraniano Vladimir] Zelensky apressava ao máximo sua coalizão de apoio [...] Passou menos de uma semana da cúpula em Ramstein e as restrições [de fornecimento de tanques] foram levantadas. Ou seja, vemos que Berlim não conseguiu resistir à pressão de Washington, Londres e pequenos [Estados] satélites como a Polônia e Países Bálticos", afirmou especialista.
Segundo Molchanov, para a Alemanha isso será uma perda de imagem pública, não apenas em termos históricos, dada a doutrina pacifista pós-1945, mas também em termos financeiros e econômicos.
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