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Premiê japonês deve antecipar eleições diante do aumento recorde do imposto de defesa, diz pesquisa

© AFP 2023 / DAVID MAREUILO primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, participa de uma coletiva de imprensa em Tóquio, 16 de dezembro de 2022
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, participa de uma coletiva de imprensa em Tóquio, 16 de dezembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 30.01.2023
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Em dezembro, Tóquio anunciou que aumentaria seu orçamento de defesa para 2023 em um valor recorde de US$ 55 bilhões (cerca de R$ 280,7 bilhões) diante do que vê como ameaças à segurança supostamente representadas pela China, Coreia do Norte e Rússia.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, deveria anunciar eleições gerais em um futuro próximo para restabelecer seu mandato, revelaram duas novas pesquisas de opinião no Japão.
Quase 63% dos entrevistados em uma pesquisa do jornal japonês Nikkei e cerca de 77% dos que participaram de uma pesquisa separada da Kyodo News disseram que as eleições devem acontecer antes de qualquer aumento da carga tributária do Japão, destinada a financiar os planos de Kishida para um aumento recorde nos gastos com defesa e maior apoio às famílias com filhos.
Embora muitos na pesquisa da Kyodo tenham dito que aprovam o projeto do governo para aumentar os gastos com crianças, quase 64% dos entrevistados disseram que se opõem a um aumento de impostos correspondente.
O plano de Kishida estipula dobrar os gastos com defesa para cerca de 2% do produto interno bruto (PIB) em cinco anos e torna o Japão o terceiro maior gastador militar do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.
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Em dezembro, apenas 6% dos entrevistados disseram acreditar que Kishida é adequado para sua posição. Seu governo tem sido criticado pelos eleitores em razão do aumento da inflação e por fazer pouco para elevar o padrão de vida das pessoas.
Também em dezembro, Tóquio anunciou um aumento de 20% no orçamento de defesa do país para 2023, para um recorde de US$ 55 bilhões. O país justificou o aumento naquilo que considera como as ameaças de segurança representadas pela China, Coreia do Norte e Rússia.
Em outubro de 2021, Kishida sucedeu Yoshihide Suga, que renunciou, após apenas um ano no cargo, em meio a índices de baixa aprovação pública sobre o tratamento dado pelo governo à pandemia de COVID-19 e taxas de vacinação lentas ligadas ao fornecimento limitado de medicamentos estrangeiros.
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