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Terra 2.0? Astrônomos descobrem exoplaneta semelhante ao nosso a 72 anos-luz de distância

© Foto / ESO/L. CalçadaRepresentação gráfica do planeta Próxima d, o terceiro detectado neste sistema estelar e o mais pequeno descoberto até hoje orbitando a Próxima Centauri
Representação gráfica do planeta Próxima d, o terceiro detectado neste sistema estelar e o mais pequeno descoberto até hoje orbitando a Próxima Centauri - Sputnik Brasil, 1920, 07.02.2023
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Os métodos de detecção de exoplanetas próximos de outras estrelas contavam com sinais que só exoplanetas maiores podiam produzir, ou seja, os astrônomos só há pouco tempo adquiriram a capacidade de detectar mundos do tamanho da Terra.
Astrônomos acreditam que encontraram um exoplaneta de propriedades próximas da Terra, que orbita uma estrela anã vermelha a uma distância de 72 anos-luz. Apelidado de K2-415b, o mundo pequeno tem muitas promessas para testar novos métodos do estudo astronômico.
A descoberta deles foi relatada em um artigo aceito para publicação no jornal científico The Astronomical Journal, mas já apresentada on-line no site de pré-impressão ArXiv.
De acordo com o relatório, os cientistas se basearam em suas conclusões sobre imagens de alta resolução e espectroscopia de infravermelho próximo do K2-415b. O planeta primeiramente foi detectado em 2017 pelo telescópio espacial Kepler, o primeiro aparelho construído para tal fim.
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Descobriram que o planeta é rochoso e pesa entre 1,3 e 5,7 massas da Terra, sendo três massas terrestres o tamanho mais provável. Isso o torna um dos menores exoplanetas já descobertos.

"Sendo uma das menores estrelas em termos de peso conhecidas que hospeda um planeta do tamanho da Terra, K2-415 será um alvo interessante para próximas observações de acompanhamento, inclusive o monitoramento de velocidade radial adicional e a espectroscopia de trânsito", escreveram os cientistas.

Anãs M, ou anãs vermelhas, são as mais frias, as menores e do tipo mais numeroso de estrelas da sequência principal, e vivem demais. A estrela K2-415 tem só 16% da massa de nosso Sol.
"Planetas pequenos em volta de anãs M são um bom laboratório para explorar a diversidade atmosférica dos planetas rochosos e as condições em que um planeta terrestre habitável pode existir", acrescentam.
Os exoplanetas menores são mais difíceis de serem detectados da Terra do que mundos maiores, utilizando métodos de detecção atuais, que observam como os planetas afetam sua estrela mãe à medida que orbitam, incluindo a oscilam com suas gravidades ou a escurecem enquanto passam entre a Terra e a estrela. Entretanto, como as estrelas anãs são muito menores do que outras estrelas, os planetas menores as afetam mais, e é por isso que a maioria dos mundos rochosos descobertos até agora orbitam estrelas anãs vermelhas.
Embora algumas informações possam ser coletadas a partir de órbitas planetárias, tais como sua massa e raio, outras questões essenciais sobre outros mundos ainda nos escapam em grande parte, inclusive as composições de suas atmosferas. Essa questão é fundamental para determinar se o planeta pode hospedar vida. A Terra é um dos quatro planetas rochosos de nosso Sistema Solar, mas o único capaz de sustentar a vida.
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