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MRE da China publica relatório sobre 'hegemonia dos EUA' e o perigo que ela representa ao mundo

© AP Photo / Kiichiro SatoBandeiras dos EUA e da China
Bandeiras dos EUA e da China - Sputnik Brasil, 1920, 20.02.2023
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Nesta segunda-feira (20), de acordo com novo relatório publicado pelo Ministério das Relações Exteriores da China intitulado "Hegemonia dos EUA e seus perigos", Pequim alerta que Washington tem "substituído a verdade com seu poder e pisoteado a justiça para servir a seus próprios interesses".
Desde a visita da ex-presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA, Nancy Pelosi à Taiwan, em agosto de 2022, as relações entre Pequim e Washington ganharam novos contornos de tensão.
Quer seja por questões comerciais ou diplomáticas, o recente incidente envolvendo o abate de um balão chinês no espaço aéreo norte-americano trouxe uma nova preocupação para o mundo. Estariam as duas nações mais ricas do planeta ingressando em um novo tipo de "Guerra Fria"?
"Os Estados Unidos há muito tentam moldar outros países e a ordem mundial com seus próprios valores e sistema político em nome da promoção da democracia e dos direitos humanos", pontua o relatório.
Apesar das autoridades chinesas e norte-americanas não se manifestarem oficialmente sobre a disputa pela hegemonia mundial, muitos especialistas alegam que este novo equilíbrio de forças já estava se desenhando mesmo antes da pandemia de COVID-19 ou da operação militar especial russa na Ucrânia, que fez com que EUA e China se colocassem de forma diametralmente oposta no tabuleiro do jogo da geopolítica internacional.
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No recente relatório chinês, Pequim reforça a ideia de que os EUA estão insistindo em suas "práticas hegemônicas unilaterais, egoístas e regressivas" que acabam atraindo "crescentes e intensas críticas e oposição da comunidade internacional".
Ainda de acordo com o documento, a China afirma se opor a todas as formas de "hegemonismo e política de poder" e diz rejeitar a interferência nos assuntos internos de outros países, em uma alusão à insistência de Washington com a questão de Taiwan, algo que Pequim considera uma questão doméstica uma vez que compreende a ilha como parte de seu território.
Dividido em cinco partes que descrevem o entendimento da China sobre como os EUA se relacionam com o mundo política, militar, econômica, tecnológica e culturalmente, o relatório do ministério chinês pontua que em todo tipo de relação Washington busca silenciar seus "concorrentes" usando da força, de sua capacidade de exploração de recursos, de seus monopólios e da construção de narrativas falsas sobre Estados que ameacem sua posição no mundo.
"Os Estados Unidos devem conduzir uma séria introspecção. Deve examinar criticamente o que fez, abandonar sua arrogância e preconceito e abandonar suas práticas hegemônicas, dominadoras e intimidadoras", afirma o relatório.
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