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Em carta à UNESCO, Lula defende regulação das redes sociais e pacto global entre países emergentes

© AFP 2023 / Palácio do Planalto / Ricardo Stuckert / CC BY 2.0Cerimônia alusiva à visita à frente de trabalho para duplicação da BR-101/SE e anúncio de retomada. Praça Barão de Maruim, Maruim - SE
Cerimônia alusiva à visita à frente de trabalho para duplicação da BR-101/SE e anúncio de retomada. Praça Barão de Maruim, Maruim - SE - Sputnik Brasil, 1920, 22.02.2023
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Nesta quarta-feira (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma carta à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) na qual defendeu a regulação das redes sociais a fim de combater a desinformação.
No texto, o presidente afirma que o ambiente digital criado por "algumas empresas" causou riscos à democracia e também à saúde pública. Segundo o mandatário, a disseminação de desinformação durante a pandemia de COVID-19 contribuiu para milhares de mortes, assim como as fake news contribuíram para as invasões do dia 8 de janeiro.

"O discurso de ódio faz vítimas todos os dias. Além disso, os mais vitimizados são os setores mais vulneráveis de nossas sociedades [...] Em grande medida, esta campanha [de 8 de janeiro] foi alimentada, organizada e divulgada através de várias plataformas digitais e aplicativos de mensagens. O mesmo método foi usado para gerar atos de violência em outras partes do mundo. Isso deve parar", disse o mandatário segundo a CNN Brasil.

Lula também reiterou que o Brasil pode contribuir de forma significativa "para a construção de um ambiente digital mais justo e equilibrado, baseado em estruturas de governança transparentes e democráticas".
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O chefe do Executivo também pediu na carta que governos trabalhem para reduzir as lacunas digitais e promover a autonomia dos países em desenvolvimento no âmbito digital, no sentido de filtrar melhor o que é divulgado nas redes, segundo a coluna de Jamil Chade no UOL.
"Os países em desenvolvimento devem ser capazes de agir de forma soberana na economia de dados, como agentes e não apenas como exportadores de dados ou consumidores passivos de conteúdo", defendeu.
No começo deste mês, o presidente anunciou a preparação de projeto para regular redes contra fake news que está sendo feito em articulação com o Ministério da Justiça, conforme noticiado.
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