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Após anos turbulentos, que plano têm líderes da China para recuperar a economia?

© AP Photo / Ng Han GuanDelegados na cerimônia de encerramento do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China no Grande Salão do Povo, em Pequim, em 22 de outubro de 2022.
Delegados na cerimônia de encerramento do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China no Grande Salão do Povo, em Pequim, em 22 de outubro de 2022. - Sputnik Brasil, 1920, 01.03.2023
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Após três anos de turbulência devido à pandemia de COVID-19, se espera que os líderes da China estabeleçam metas econômicas para retomar o crescimento, restaurar a confiança e evitar um acúmulo de riscos financeiros, diz a Bloomberg.

"É provável que a recuperação econômica venha de uma retomada dos gastos dos consumidores e de um retorno ao normal para muitas empresas após anos de restrições de COVID-19 [...] Um crescimento mais rápido neste ano pode, de fato, levar o banco central a passar para uma postura política mais neutra", relata o artigo.

Até agora, a economia tem mostrado sinais encorajadores. Segundo o artigo, a produção está se recuperando mais fortemente do que o esperado, o que mostra que a recuperação está ganhando força.
As vendas de casas subiram pela primeira vez desde 2021, estimulando o otimismo sobre o retorno da demanda.
No entanto, segundo os autores, uma recuperação sustentada está longe de ser certa. A demanda de exportação continua a definhar e o mercado imobiliário ainda não se estabilizou.
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Novos líderes

A primeira sessão do 14º Congresso Nacional do Povo começará em Pequim em 5 de março.
Um dos principais objetivos da reunião será a nomeação de vários altos funcionários, incluindo o primeiro-ministro, o vice-primeiro-ministro e diversos ministros.
Espera-se que o Banco Popular da China e o Ministério das Finanças também tenham novas lideranças.
As autoridades estão ainda considerando restabelecer a Comissão Central das Atividades Financeiras, que centralizaria a tomada de decisões do sistema financeiro sob a liderança do Partido Comunista, informa a Bloomberg.
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Expectativas econômicas

De acordo com a edição, os economistas esperam que o premiê Li Keqiang defina uma meta de crescimento do PIB para este ano acima de 5%, sendo que a economia expandiu apenas 3% no ano passado, o segundo ritmo mais lento desde os anos 70.
Prevê-se que a economia possa crescer 5,2% em 2023, de acordo com uma pesquisa da Bloomberg.

Política monetária

As autoridades provavelmente manterão a política monetária e fiscal de apoio neste ano, evitando estímulos que possam alimentar a inflação e a dívida, dizem os economistas da Bloomberg.
"Isto significa que o Banco Popular da China pode manter um certo nível de dinheiro em espécie nos bancos", relatam os autores.
Ao mesmo tempo, se a economia se recuperar mais rápido do que o esperado, o banco central poderá mudar de rumo, passando para uma postura política neutra.
Isso implicaria manter inalteradas as taxas de juros e o depósito compulsório.
Contudo, depois que o Banco Popular da China deu uma perspectiva mais positiva da economia e prometeu fornecer um apoio "sustentável" ao crescimento, as expectativas do banco central de reduzir as taxas de juros a curto prazo estão diminuindo.
"Em nossa opinião, há muito pouca margem para cortes nas taxas de juros", diz o artigo, citando economistas da empresa Citigroup.
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Ao contrário dos EUA e de outros países, a China evitou os pagamentos de incentivo e os subsídios aos consumidores como forma de alimentar a recuperação econômica pós-pandêmica.
Mesmo assim, o presidente da China, Xi Jinping, prometeu em dezembro aumentar a renda dos contribuintes, colocando um foco especial nas famílias de baixa e média renda, que foram muito afetadas pela pandemia da COVID-19.
Porém, segundo a Bloomberg, a recuperação até agora parece desigual – a atividade do setor de serviços está aumentando, mas os gastos com bens de alto valor, como carros e casas, continuam fracos.

Salvação está no mercado imobiliário

De acordo com o artigo, um mercado imobiliário estável será fundamental para a recuperação da China neste ano, dado o peso do setor na economia nacional, estimado em cerca de 15% a 25% do PIB.
O governo provavelmente vai discutir a necessidade de fornecer mais recursos para desenvolver o mercado de habitação para aluguel, o que também contribuiria para resolver os problemas de moradia dos migrantes e dos jovens.
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