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Moraes nega recurso da defesa e mantém Anderson Torres preso: 'No mínimo ele foi omisso'

© Folhapress / Pedro LadeiraO presidente do TSE ministro Alexandre de Moraes durante reunião para tratar dos atos antidemocráticos que estão ocorrendo, 29 de janeiro de 2023
O presidente do TSE ministro Alexandre de Moraes durante reunião para tratar dos atos antidemocráticos que estão ocorrendo, 29 de janeiro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 01.03.2023
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O ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, negou hoje (1º) recurso da defesa e manteve a prisão do ex-ministro da Justiça, relembrando que além dele ter sido omisso nos atos no DF, a minuta encontrada em sua casa estava dentro da pasta do governo federal.
Torres está preso desde o dia 14 de janeiro, quando voltou dos Estados Unidos para o Brasil sob pedido da Justiça depois que aconteceram as invasões em Brasília no dia 8 do mesmo mês, uma vez que na época ele era o secretário de Segurança Pública do DF.
De acordo com o G1, ao requerer a liberdade do ex-ministro, seus advogados argumentaram que não há elementos que liguem Torres aos atentados, Moraes, no entanto, escreveu que se mantêm os motivos que levaram à prisão e que as investigações feitas até agora mostram, no mínimo, que Torres foi omisso no dia 8.
"Conforme destacado pela procuradoria-geral da República, os elementos de prova até o momento coligidos aos autos indicam que Anderson Gustavo Torres descumprido, no mínimo mediante omissão, os deveres do cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal", afirmou o ministro citado pela mídia.
O magistrado também relembrou o documento encontrado na casa de Torres pela Polícia Federal, que ficou conhecido como "minuta do golpe" por seu texto ensaiar uma possível anulação das eleições ocorridas no ano passado.

"No que diz respeito especificamente à 'minuta de decreto', a Procuradoria-Geral da República ressaltou a probabilidade de que, em liberdade, Anderson Gustavo Torres coloque em risco o prosseguimento das investigações, a colheita de provas e, por conseguinte, a persecução penal", pontuou Moraes.

Também foi relembrado pela PGR, relembrou o magistrado, que "ao contrário do que o investigado já tentou justificar, não se trata de documento que seria jogado fora, estando, ao revés, muito bem guardado em uma pasta do governo federal e junto a outros itens de especial singularidade, como fotos de família e imagem religiosa", complementou.
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