CEO da Petrobras sobre teto de preços do petróleo russo: 'Não vemos que haja muito benefício'
© AFP 2023 / Eric Piermont Logotipo da gigante petrolífera estatal brasileira Petrobras durante a exibição da Conferência Mundial do Gás, em Paris, 2 de junho de 2015
© AFP 2023 / Eric Piermont
Nos siga no
A Petrobras não acredita que o limite imposto aos preços do petróleo russo pelo G7 venha a beneficiar significativamente o mercado, dada a sua volatilidade, disse o diretor-executivo da empresa, Jean Paul Prates, à Sputnik, nesta quarta-feira (8).
"Para dizer a verdade, não vemos muitos benefícios para o mercado. Sabemos, porque na verdade, não faz muita diferença [a medida do teto de preços] e creio que é porque o mercado [do petróleo] nunca está em equilíbrio", disse Prates.
Depois que a Rússia lançou sua operação militar especial na Ucrânia, em fevereiro de 2022, o Ocidente buscou ativamente maneiras de limitar as receitas relacionadas à energia de Moscou, especialmente de petróleo e gás. Por fim, os países-membros do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) e a Austrália estabeleceram um limite de preço de US$ 60 (cerca de R$ 310,31) aos produtos russos.
Em resposta, no final de dezembro, o presidente russo, Vladimir Putin, proibiu o fornecimento de petróleo e derivados de Moscou se os contratos estabelecessem, direta ou indiretamente, um teto de preços.
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos confirmou à Sputnik, na terça-feira (7), que o G7 revisaria, ainda neste mês de março, o teto de preços aplicável ao petróleo russo para determinar se é necessária alguma correção, embora não tenha fornecido informações sobre se a medida está funcionando.
"Tudo o que posso dizer no momento é que o G7 está planejando uma reavaliação [do teto de preços] em março", disse a secretária adjunta para o Financiamento do Terrorismo e Crimes Financeiros do Departamento do Tesouro, Elizabeth Rosenberg.