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Polônia permanece a maior consumidora europeia de GLP russo não sancionado, diz jornal

© AP Photo / Czarek SokolowskiPanorama da estação de gás em Rembelszczyzna, Polônia, 27 de abril de 2022
Panorama da estação de gás em Rembelszczyzna, Polônia, 27 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 03.04.2023
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A Polônia ainda é uma das principais consumidoras de gás liquefeito de petróleo (GLP) russo não sancionado, apesar de todas as declarações duras que tem feito contra Moscou ao longo de toda crise ucraniana.
A Polônia continua sendo a maior importadora da União Europeia (UE) de GLP russo devido à sua acessibilidade em comparação com as alternativas da Europa Ocidental, informou o jornal Rzeczpospolita nesta segunda-feira (3).
O GLP é um gás combustível contendo propano e butano que é usado em aparelhos de aquecimento e veículos.
O GLP russo não está sujeito à proibição de importação da UE, ao contrário do petróleo e produtos petrolíferos transoceânicos, e representa cerca de 14% do mercado total de combustível polonês, de acordo com a mídia.
No ano passado, Varsóvia comprou € 710,3 milhões (cerca de R$ 3,9 bilhões) em GLP russo, enquanto o resto da UE "gastou muito menos", com o volume total de importações no valor de € 417 milhões (cerca de R$ 2,3 bilhões), disse o jornal.
"Recentemente, nós [Polônia] temos importado cada vez mais desse combustível", disse o veículo, citando dados do Eurostat e do think tank Forum Energii.
A análise da maior refinaria e varejista de petróleo do país, Orlen, também indica o crescimento das importações de GLP da Rússia, apesar dos esforços da Polônia para diversificar as cadeias de suprimentos fora do país sancionado. Orlen atribuiu o aumento nas compras aos preços mais baixos oferecidos pela Rússia em relação a outros países, como a Suécia, que se tornou a maior fornecedora de GLP do país no ano passado, além da Noruega e dos Países Baixos.
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Enquanto isso, Orlen alegou não ter comprado GLP russo desde o início do conflito na Ucrânia, oferecendo garantias de que obtém o combustível de sua própria produção e empresas nacionais e outras fontes estrangeiras.
Maciej Zaniewicz, analista sênior do Forum Energii, diz que mudar para suprimentos ocidentais é logisticamente complicado para a Polônia, porque a maioria de seus terminais de GLP está localizada na parte oriental do país.
A Unimot, uma das maiores importadoras de gás liquefeito do país, ecoou essas observações, dizendo que é possível substituir o GLP russo, mas a um custo muito mais alto.
"Devido ao aumento de custos e constrangimentos logísticos, o preço do GPL para os clientes finais é mais elevado, o que no futuro poderá significar uma diferença decrescente entre o preço do GPL e da gasolina nas bombas de gasolina", adianta o gabinete de imprensa da empresa à mídia polonesa.
De acordo com a Unimot, a diferença de preço entre os suprimentos vindos do Leste e do Oeste é tão grande que a maioria de seus clientes não está interessada no GLP de origem ocidental.
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