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Chefe da Space Foundation: futuro da EEI após 2030 será determinado por atores comerciais privados

© Foto / Serviço de imprensa da Roscosmos / HandoutPanorama da Estação Espacial Internacional sobre a Terra em 30 de março de 2022
Panorama da Estação Espacial Internacional sobre a Terra em 30 de março de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 02.05.2023
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O futuro da Estação Espacial Internacional (EEI) vai ser determinado em grande parte pelos atores privados do setor espacial, disse à Sputnik o contra-almirante aposentado da Marinha dos EUA e chefe da Space Foundation Tom Zelibor.
A Space Foundation é uma prestigiada organização sem fins lucrativos dedicada a promover a pesquisa espacial, além de aumentar a conscientização sobre os principais desenvolvimentos no setor.
"Em termos do que vai acontecer depois de 2030 com a Estação Espacial Internacional, esse futuro será moldado, se não gerenciado, pelo setor espacial comercial global", disse ele.
As demandas da indústria "em termos de custos, engenharia e gerenciamento" da exploração espacial são um "fardo que deve ser compartilhado", pois não podem ser realizadas apenas pelos Estados, segundo Zelibor.
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"Será necessária uma equipe internacional de especialistas talentosos, representando governos e o setor comercial, para transformar nossas aspirações comuns em realidade futura."

Em sua opinião, a tecnologia e outros tipos de capacidades que são oferecidos agora por atores privados "mudam as regras do jogo para todos".

"Atualmente, mais de 90 países têm acesso ao espaço, e o crescimento do setor espacial comercial ajudou a tornar possível esse rápido crescimento. Autorizar que as empresas comerciais forneçam serviços espaciais permite que as agências e organizações espaciais civis se concentrem em outras tarefas importantes que, de outra forma, poderiam não receber a atenção que merecem", afirmou o chefe da Space Foundation.

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Ao mesmo tempo, Zelibor acredita que os EUA e a Rússia precisam buscar maneiras de manter a cooperação no espaço em meio ao agravamento das tensões geopolíticas.
Em sua opinião, os dois países agora precisam encontrar maneiras de manter os laços atuais e, ao mesmo tempo, criar novos laços para o próximo meio século.

"Apesar de nossas divergências políticas, o fato de estarmos trabalhando, explorando, aprendendo e vivendo juntos no espaço, como fazemos há quase meio século, criou relacionamentos que transcendem nossa política. Minha esperança é que isso continue, pois os relacionamentos que nossos engenheiros, cientistas, astronautas e outros desenvolveram durante esse período formaram uma era espacial transformadora", diz Zelibor.

Como observou o especialista, a cooperação de longa data entre os Estados Unidos e a Rússia na EEI demonstrou que a parceria entre diferentes países é a melhor maneira de obter sucesso na exploração espacial.
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Os EUA, a União Europeia e o Japão já haviam anunciado planos para continuar o trabalho na EEI até 2030. A Rússia, por sua vez, ainda não decidiu sobre um prazo final.
Por exemplo, o diretor executivo da corporação espacial russa Roscosmos, Yuri Borisov, informou anteriormente ao presidente Vladimir Putin que foi decidido se retirar do projeto após 2024, mas depois disse que é muito provável que a Rússia participe do projeto até 2028.
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