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Scholz sobre União Europeia: devemos 'deixar para trás a visão eurocêntrica' em um mundo multipolar

© AP Photo / Jean-François BadiasOlaf Scholz, chanceler da Alemanha, dá discurso durante debate sobre a Europa no Parlamento Europeu em Estrasburgo, França, 9 de maio de 2023
Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, dá discurso durante debate sobre a Europa no Parlamento Europeu em Estrasburgo, França, 9 de maio de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 09.05.2023
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O chanceler da Alemanha instou o bloco europeu a "deixar para trás a visão eurocêntrica das últimas décadas" e "superar as consequências do colonialismo" com países da África, Ásia e América Latina.
Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, pediu mais cooperação global em termos iguais, em vez de se esforçar em transformar a União Europeia (UE) em uma terceira "potência mundial" ao lado dos EUA e da China, segundo a agência alemã DPA.
O chanceler alemão disse em um discurso sobre a orientação geopolítica da UE ao Parlamento Europeu em Estrasburgo, França, que a ordem mundial do século XXI é "multipolar" e não "bi ou tripolar". Scholz pediu que o bloco negociasse novos acordos de livre comércio e parcerias em termos igualitários.
"Superar as consequências do colonialismo deve ser uma característica essencial de qualquer parceria europeia com os países da África, Ásia e América Latina", que devem "deixar para trás a visão eurocêntrica das últimas décadas" e melhorar a segurança alimentar, combater a pobreza e ajudar a proteger o clima e o meio ambiente, acrescentou.
Scholz citou os países do Mercosul, e também o México, Índia, Indonésia, Austrália e Quênia como exemplos de novos acordos de livre comércio.
"A Europa deve se voltar para o mundo", disse ele.
"Aqueles que são nostálgicos em relação ao sonho de uma potência mundial europeia, aqueles que servem às fantasias de superpotência nacional, estão presos ao passado", sublinhou Scholz.
Sobre a China, Olaf Scholz afirmou ver o país como um parceiro, apesar das mudanças nas relações.
"Nosso relacionamento com a China é adequadamente descrito pela tríade 'parceiro, concorrente, rival sistêmico', em que a rivalidade e a concorrência por parte da China, sem dúvida, aumentaram", disse ele, apoiando a ideia de reduzir os "riscos" ligados às suas "dependências econômicas" de Pequim.
"Os Estados Unidos continuam sendo os aliados mais importantes da Europa", apontou o chanceler da Alemanha.
O alto responsável disse que a concessão do status de candidato oficial aos países dos Bálcãs Ocidentais, e também à Ucrânia e à Moldávia, foi "uma decisão muito central sobre a forma de uma Europa geopolítica".
Os comentários de Scholz contrastam com as posições de alguns outros líderes da UE, incluindo Emmanuel Macron, presidente da França, que recentemente chamou o bloco a se tornar uma potência global ao lado dos EUA e da China.
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