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Líder sérvio-bósnio diz fazer tudo contra sanções antirrussas e ver culpa do Ocidente na Ucrânia
Líder sérvio-bósnio diz fazer tudo contra sanções antirrussas e ver culpa do Ocidente na Ucrânia
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O presidente da República Srpska (autonomia sérvia na Bósnia e Herzegovina), Milorad Dodik, chegou a Moscou em 23 de maio para se encontrar com o presidente... 24.05.2023, Sputnik Brasil
2023-05-24T08:11-0300
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Era esperado que os líderes discutissem uma ampla gama de tópicos, incluindo questões regionais e globais. Dodik assumiu o cargo de presidente da República Srpska em novembro do ano passado. Seu último encontro com Putin ocorreu no Kremlin em setembro de 2022.O presidente da República Srpska, Milorad Dodik, em entrevista à Sputnik Sérvia, falou sobre suas impressões após o encontro com Vladimir Putin em Moscou e quais tópicos os dois líderes conseguiram discutir.O líder sérvio-bósnio disse que teve as melhores impressões do encontro com o presidente russo, tendo tratado com ele das relações bilaterais entre a Rússia e a República Srpska e do desenvolvimento da cooperação entre os dois países.Falando sobre os acordos alcançados, o líder sérvio-bósnio disse que a Federação da Rússia e a República Srpska continuam a desenvolver a cooperação produtiva no setor de petróleo.Ele também enfatizou que o preço de compra do gás russo para a República Srpska permaneceria sendo o mesmo.A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o seu papel destrutivo e a relutância da RS em aderir à aliança também foram abordados.O líder sérvio-bósnio lembrou que a aliança bombardeou os sérvios (24 de março de 1999). Para os sérvios, o bombardeio não só causou perdas humanas e materiais, mas os efeitos do urânio empobrecido continuam a afetar até hoje."E como podemos ingressar na OTAN depois disso? E para quê? Que tipo de pessoas seríamos depois disso?", indagou.Em relação à operação militar especial russa, o presidente da República Srpska observou que compartilha posição neutra e compreende a posição da Rússia, enfatizando que: "A Rússia foi forçada a entrar no conflito na Ucrânia."Ele também ressaltou que tal reação do Ocidente é compreensível, porque anseia por recursos naturais da Rússia, mas então o líder russo apareceu e disse que os interesses da Federação da Rússia viriam primeiro. E o Ocidente não gosta de um homem pensando em seu povo e Estado.No final, os líderes também conseguiram condenar as sanções antirrussas. Milorad Dodik observou que graças à República Srpska, a Bósnia e Herzegovina não tomou uma única decisão de aderir às sanções antirrussas porque "não queremos fazer parte das decisões" dos que apoiam as restrições.Acrescentando que há embaixadores individuais da Bósnia e Herzegovina que, por um desejo de agradar ao Ocidente, afirmam ter aderido às sanções.
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Líder sérvio-bósnio diz fazer tudo contra sanções antirrussas e ver culpa do Ocidente na Ucrânia
O presidente da República Srpska (autonomia sérvia na Bósnia e Herzegovina), Milorad Dodik, chegou a Moscou em 23 de maio para se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin. Dodik e Putin mantiveram conversações bilaterais em Moscou na terça-feira (23).
Era esperado que os líderes discutissem uma ampla gama de tópicos, incluindo questões regionais e globais. Dodik assumiu o cargo de presidente da República Srpska em novembro do ano passado. Seu último encontro com Putin ocorreu no Kremlin em setembro de 2022.
O presidente da República Srpska, Milorad Dodik, em entrevista à Sputnik Sérvia, falou sobre suas impressões após o encontro com Vladimir Putin em Moscou e quais tópicos os dois líderes conseguiram discutir.
O líder sérvio-bósnio disse que teve as melhores impressões do encontro com o presidente russo, tendo tratado com ele das relações bilaterais entre a Rússia e a República Srpska e do desenvolvimento da cooperação entre os dois países.
"Nossa cooperação está em nível estratégico, sendo muito importante. Abrange as esferas da economia, cultura, educação e esportes. Nosso volume de negócios aumentou de 5 a 6%. Como chefe da República Srpska [RS], estou muito satisfeito que a Rússia seja uma força global, um dos líderes mundiais, mostrando interesse na cooperação com a RS", afirmou ele.
Falando sobre os acordos alcançados, o líder sérvio-bósnio disse que a Federação da Rússia e a República Srpska continuam a desenvolver a cooperação produtiva no setor de petróleo.
"Nós concordamos em passos importantes, ou seja, no desbloqueio do processo de construção de gasoduto [instalação de gasoduto para conectar Banja Luka com o sistema de transporte de gás da Sérvia e obter gás da Rússia. A realização deste projeto resiste teimosamente a Sarajevo]", observou.
Ele também enfatizou que o preço de compra do gás russo para a República Srpska permaneceria sendo o mesmo.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o seu
papel destrutivo e a relutância da RS em aderir à aliança também foram abordados.
O líder sérvio-bósnio lembrou que a aliança bombardeou os sérvios (24 de março de 1999). Para os sérvios, o bombardeio não só causou perdas humanas e materiais, mas os efeitos do urânio empobrecido continuam a afetar até hoje.
"Essa é a nossa natureza enquanto povo: não podemos aceitar de braços abertos aqueles que nos bombardearam e mataram. A OTAN 'treinou' nos sérvios, destruindo o país [Iugoslávia] mesmo sem autorização do Conselho de Segurança da ONU. Eles se certificaram de que nunca poderíamos levantar a questão das reparações de guerra e exigir compensação pelos danos que haviam causado", apontou Milorad Dodik.
"E como podemos ingressar na OTAN depois disso? E para quê? Que tipo de pessoas seríamos depois disso?", indagou.
Em relação à
operação militar especial russa, o presidente da República Srpska observou que compartilha posição neutra e compreende a posição da Rússia, enfatizando que:
"A Rússia foi forçada a entrar no conflito na Ucrânia.""O Ocidente lançou bombas sobre os sérvios e decidiu que é possível com a Rússia. Mas não, com a Rússia é impossível. O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, concordou em ser um guia para as forças antirrussas e levar a OTAN às fronteiras da Rússia. Esta é a sua escolha. Seu povo está sofrendo por causa disso. Não porque Vladimir Putin queria. Ninguém ouviu quando ele [o presidente russo] disse que a OTAN não deveria se aproximar das fronteiras russas."
Ele também ressaltou que tal reação do Ocidente é compreensível, porque anseia por recursos naturais da Rússia, mas então o líder russo apareceu e disse que os interesses da Federação da Rússia viriam primeiro. E o Ocidente não gosta de um homem pensando em seu povo e Estado.
No final, os líderes também conseguiram condenar
as sanções antirrussas. Milorad Dodik observou que graças à República Srpska, a Bósnia e Herzegovina
não tomou uma única decisão de aderir às sanções antirrussas porque "não queremos fazer parte das decisões" dos que apoiam as restrições.Acrescentando que há embaixadores individuais da Bósnia e Herzegovina que, por um desejo de agradar ao Ocidente, afirmam ter aderido às sanções.
"Não existe uma decisão a nível da Bósnia e Herzegovina sobre a aplicação de sanções antirrussas. Não apoiaremos as sanções contra a Rússia sob qualquer forma. Esta é a nossa decisão e não temos qualquer intenção de a alterar", enfatizou Dodik.