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Joe Biden destruirá a OTAN apaziguando a Turquia por causa da Suécia?

© AFP 2023 / Olivier DoulieryJoe Biden, presidente dos EUA, fala no palco durante baile de gala nacional anual We Are Emily no The Anthem em Washington, EUA, 16 de maio de 2023
Joe Biden, presidente dos EUA, fala no palco durante baile de gala nacional anual We Are Emily no The Anthem em Washington, EUA, 16 de maio de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 03.06.2023
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A política do governo do presidente dos EUA, Joe Biden, na direção turca é extremamente perigosa – na verdade, ele é suscetível a chantagem pelo líder turco Recep Tayyip Erdogan, escreve o observador da 19FortyFive Michael Rubin.
De acordo com Rubin, tal curso poderia eventualmente levar a um conflito armado entre a Turquia e a Grécia, o que comprometeria a existência da Aliança Atlântica.
Quando Recep Erdogan anunciou a sua vitória nas eleições presidenciais turcas, o secretário de Estado dos EUA Antony Blinken "não perdeu tempo": o chefe da diplomacia americana, que estava naquele momento na cidade sueca de Lulea, apelou a Ancara para finalmente concluir o processo de adesão da Suécia à OTAN, escreve Michael Rubin.
Como lembra autor do artigo, Erdogan, irritado com o comportamento de Estocolmo, que não só tolera a "atividade política" dos curdos, mas também aceita jornalistas que deixaram a Turquia, anteriormente usou o veto turco e bloqueou a entrada dos suecos na aliança, exigindo que o país cumpra uma série de requisitos não relacionados à OTAN.
Embora Blinken não tenha ligado publicamente a questão da adesão da Suécia à aliança com as entregas de F-16 que o governo turco há muito exige de Washington, os apoiadores da "troca" para aprovação da entrada de Estocolmo propuseram isso anteriormente ao presidente dos EUA Biden, bem como vários funcionários do Departamento de Estado já conversaram com membros do Congresso americano, cujo consentimento será necessário para a aprovação dos suprimentos, observa Rubin.
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Enquanto isso, embora a administração Biden possa acreditar que a adesão da Suécia é de interesse primordial para a OTAN, o impulso da Casa Branca para continuar a negociar com a Turquia sobre a Suécia é um grande erro.
Mesmo que Washington consiga trocar os F-16 e os componentes para a sua modernização pela abolição do veto por Erdogan, seria uma vitória de Pirro.
De acordo com Rubin, a Rússia pode ser uma ameaça à aliança, mas a adesão da Suécia à OTAN no contexto dessa ameaça é irrelevante, especialmente se a aliança e Estocolmo concordarem em agir juntas.
A perspectiva de uma guerra entre a Turquia e a Grécia é um perigo muito maior para a OTAN, porque, como salientaram alguns analistas, um conflito desse tipo, se se incendiar, ameaçará a própria existência da aliança.
Sucumbir à "chantagem" de Erdogan é ruim, porque tal curso não só encorajará o líder turco a repetir tais táticas, como também encorajará outros países da OTAN a negociar várias concessões em troca da futura admissão de novos membros à aliança, argumenta Rubin.
Enquanto isso, líder turco tem reivindicações não só perante a Suécia, mas também perante os aliados da OTAN, e especialmente a Grécia. Ao mesmo tempo, Washington não toma nenhuma medida séria para parar as ações "desestabilizadoras" de Ancara.
Assim, segundo Rubin, acelerando a adesão da Suécia à OTAN, a ação do governo de Biden equivale a "tratar uma unha encravada cortando o pé".

Estocolmo acabará por se tornar parte da aliança, e "acelerar essa adesão, colocando a OTAN no caminho de uma guerra intra-OTAN que vai rasgar a aliança por dentro, no entanto, é incompetência estratégica ao extremo", enfatiza autor.

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