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Blinken segue para Arábia Saudita a fim de salvar influência minguante no Oriente Médio, diz mídia
Blinken segue para Arábia Saudita a fim de salvar influência minguante no Oriente Médio, diz mídia
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Em meio ao ímpeto de reaproximação no Oriente Médio e ao dilema estratégico dos EUA na região, Washington está tentando evitar o colapso total de sua... 06.06.2023, Sputnik Brasil
2023-06-06T12:17-0300
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A viagem de Blinken, de 6 a 8 de junho, ocorre após uma visita do conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, em maio. Segundo especialistas que falaram ao Global Times (GT), os países do Oriente Médio precisam ter cuidado com os Estados Unidos, que já estão criando mais turbulência e divisão na região. O principal diplomata dos EUA também vai participar das negociações do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC, na sigla em inglês) durante sua visita e deve coorganizar uma reunião da coalizão global contra o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países). Antes da visita de Blinken, o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan, se reuniu com seu homólogo iraniano Hossein Amir-Abdollahian na África do Sul durante a cúpula ministerial do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) no dia 2 de junho, informou a mídia iraniana. Em abril, a Arábia Saudita e o Irã restabeleceram formalmente as relações diplomáticas após uma ruptura de sete anos. Em maio, os ministros das Relações Exteriores dos Estados-membros da Liga Árabe concordaram em restabelecer a adesão da Síria após sua suspensão por mais de uma década. Com o processo de reaproximação no Oriente Médio se acelerando, os observadores não estão otimistas com a visita de Blinken. O professor do Instituto de Estudos do Oriente Médio da Universidade de Estudos Internacionais de Xangai, Liu Zhongmin, disse ao GT que a visita de Blinken reflete a situação atual que Washington enfrenta em sua política para o Oriente Médio. Por um lado, os EUA estão mudando seu foco estratégico para a região da Ásia-Pacífico para competir com a China, seja reduzindo sua presença no Iraque ou retirando tropas do Afeganistão. Por outro lado, os EUA relutam em ver seu controle no Oriente Médio enfraquecido, explicou Liu. Os Estados Unidos não podem parar a tendência de aumento da autonomia no Oriente Médio, por isso estão tentando evitar um colapso total de sua influência na região, disse Liu. O professor da Universidade de Relações Exteriores da China, Li Haidong, disse à mídia chinesa ainda na segunda-feira que a visita de Blinken à Arábia Saudita seria uma investigação e avaliação em primeira mão. No processo de adaptação à nova situação no Oriente Médio, os EUA vão tentar promover a transformação do ambiente interno da região no sentido de refletir os interesses e a influência norte-americanas, disse Li. Embora seja menos provável que os EUA desempenhem um papel construtivo no Oriente Médio, seu papel perturbador não pode ser subestimado, disseram os analistas, especialmente devido à sua presença militar e diplomática no Oriente Médio que nenhuma outra potência pode igualar. É provável que os EUA façam um balanço da situação e se envolvam mais intensamente na região, semeando discórdia entre diferentes forças, destruindo a reconciliação e criando mais divisão, tumulto e até conflito, para reforçar o seu "indispensável domínio americano", disse Li. Os países produtores de petróleo do Oriente Médio parecem ter acordado para os riscos, especialmente considerando que os EUA já armaram o dólar e a energia, disseram observadores. Na última sexta-feira (2), o ministro saudita de Energia, príncipe Abdulaziz bin Salman, se encontrou com o diretor da Administração Nacional de Energia da China em Riad, Zhang Jianhua. Eles discutiram maneiras de fortalecer as relações entre os dois países em vários campos de energia, a fim de atingir as metas da Visão Saudita para 2030 e da Iniciativa do Cinturão e Rota proposta pela China, e refletir os esforços dos dois países para diversificar e desenvolver suas economias, informou a mídia árabe. Os países do Oriente Médio enfrentaram uma oportunidade histórica de liquidar o poder dos EUA e assumir o controle de seu próprio destino, e não vai ser difícil descobrir que a região está melhor sem os EUA, disseram analistas. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse na segunda-feira que a China apoia os países da região na resolução de diferenças e na obtenção de boa vizinhança por meio do diálogo e da consulta, e apoia os países da região no fortalecimento da unidade e autoaperfeiçoamento e coloca seu destino futuro firmemente em suas próprias mãos. Como boa amiga dos países da região, a China vai continuar a desempenhar um papel ativo e construtivo na promoção da paz e estabilidade regionais, disse Wang.
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Blinken segue para Arábia Saudita a fim de salvar influência minguante no Oriente Médio, diz mídia
Em meio ao ímpeto de reaproximação no Oriente Médio e ao dilema estratégico dos EUA na região, Washington está tentando evitar o colapso total de sua influência, disseram especialistas na segunda-feira (5), enquanto o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, deve iniciar sua viagem de três dias à Arábia Saudita para negociações.
A viagem de Blinken, de 6 a 8 de junho, ocorre após uma visita do
conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, em maio.
Segundo especialistas que falaram ao Global Times (GT), os países do Oriente Médio
precisam ter cuidado com os Estados Unidos, que já estão criando mais turbulência e divisão na região.
De acordo com o Departamento de Estado dos EUA, Blinken deve se reunir com autoridades sauditas para "discutir a cooperação estratégica EUA-Arábia Saudita em questões regionais e globais e uma série de questões bilaterais, incluindo cooperação econômica e de segurança".
O principal diplomata dos EUA também vai
participar das negociações do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC, na sigla em inglês) durante sua visita e
deve coorganizar uma reunião da coalizão global contra o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países).
Antes da visita de Blinken, o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan,
se reuniu com seu homólogo iraniano Hossein Amir-Abdollahian na África do Sul durante a cúpula ministerial do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) no dia 2 de junho,
informou a mídia iraniana.
Em abril, a Arábia Saudita e o Irã
restabeleceram formalmente as relações diplomáticas após uma ruptura de sete anos. Em maio, os ministros das Relações Exteriores dos Estados-membros da Liga Árabe
concordaram em restabelecer a adesão da Síria após sua suspensão por mais de uma década.
Com o processo de reaproximação no Oriente Médio se acelerando, os observadores não estão otimistas com a visita de Blinken.
O professor do Instituto de Estudos do Oriente Médio da Universidade de Estudos Internacionais de Xangai, Liu Zhongmin, disse ao GT que a
visita de Blinken reflete a situação atual que Washington enfrenta em sua política para o Oriente Médio.
Por um lado, os EUA estão mudando seu foco estratégico para a
região da Ásia-Pacífico para competir com a China, seja
reduzindo sua presença no Iraque ou retirando tropas do Afeganistão. Por outro lado, os EUA relutam em ver seu controle no Oriente Médio enfraquecido, explicou Liu.
Os Estados Unidos não podem parar a tendência de aumento da autonomia no Oriente Médio, por isso estão tentando evitar um colapso total de sua influência na região, disse Liu.
O professor da Universidade de Relações Exteriores da China, Li Haidong, disse à mídia chinesa ainda na segunda-feira que a visita de Blinken à Arábia Saudita seria uma investigação e avaliação em primeira mão.
No processo de adaptação à
nova situação no Oriente Médio, os EUA
vão tentar promover a transformação do ambiente interno da região no sentido de refletir os interesses e a influência norte-americanas, disse Li.
Embora seja menos provável que os EUA desempenhem um
papel construtivo no Oriente Médio, seu papel perturbador não pode ser subestimado, disseram os analistas, especialmente devido à sua presença militar e diplomática no Oriente Médio
que nenhuma outra potência pode igualar.
É provável que os EUA façam um balanço da situação e se envolvam mais intensamente na região, semeando discórdia entre diferentes forças, destruindo a reconciliação e criando mais divisão, tumulto e até conflito, para reforçar o seu "indispensável domínio americano", disse Li.
Os
países produtores de petróleo do Oriente Médio parecem ter acordado para os riscos, especialmente considerando que os
EUA já armaram o dólar e a energia, disseram observadores.
Na última sexta-feira (2), o ministro saudita de Energia, príncipe Abdulaziz bin Salman, se encontrou com o diretor da Administração Nacional de Energia da China em Riad, Zhang Jianhua. Eles discutiram maneiras de fortalecer as relações entre os dois países em vários campos de energia, a fim de atingir as metas da Visão Saudita para 2030 e da Iniciativa do Cinturão e Rota proposta pela China, e refletir os esforços dos dois países para diversificar e desenvolver suas economias, informou a mídia árabe.
Os
países do Oriente Médio enfrentaram uma
oportunidade histórica de liquidar o poder dos EUA e assumir o controle de seu próprio destino, e não vai ser difícil descobrir que a região está melhor sem os EUA, disseram analistas.
O porta-voz do
Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse na segunda-feira que a China apoia os países da região na resolução de diferenças e na obtenção de boa vizinhança por meio do diálogo e da consulta, e
apoia os países da região no fortalecimento da unidade e autoaperfeiçoamento e coloca seu destino futuro firmemente em suas próprias mãos.
Como boa amiga dos países da região, a China
vai continuar a desempenhar um papel ativo e construtivo na
promoção da paz e estabilidade regionais, disse Wang.