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Chefe da Defesa italiano vê chance de 'Rússia e China explorarem África como Europa fez há 100 anos'

© Sputnik / Aleksei DruzhininPresidente russo, Vladimir Putin, participa da cerimônia de assinatura do Memorando de Entendimento entre o governo russo e a União Africana e do Memorando de Entendimento entre a Comissão Econômica Euroasiática e a União Africana, 24 de outubro de 2019.
Presidente russo, Vladimir Putin, participa da cerimônia de assinatura do Memorando de Entendimento entre o governo russo e a União Africana e do Memorando de Entendimento entre a Comissão Econômica Euroasiática e a União Africana, 24 de outubro de 2019.  - Sputnik Brasil, 1920, 12.06.2023
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O ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, pediu para União Europeia (UE) tomar medidas proativas para garantir que a África não fique sob a influência da Rússia e da China.
Anteriormente, vários países africanos, comentando os apelos ocidentais para condenar a Rússia, disseram que ninguém tem o direito de ditar a outros países com quem manter relações.

"Os riscos do jogo são altos. A Europa [...] deve pensar no destino do continente, que abrigará 2,5 bilhões de pessoas dentro de 15 a 20 anos. Se não agir, deixará a África sob a influência da Rússia e da China, que querem explorá-la da mesma forma que os colonizadores europeus fizeram há um século", disse o ministro italiano em uma entrevista publicada na segunda-feira (12) pelo jornal romano Il Messaggero.

De acordo com Crosetto, a falta de assistência real aos países africanos os coloca nas mãos de forças que gostariam de usá-los "para mergulhar o Ocidente em uma crise daqui a alguns anos".
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O chefe da Defesa também disse que a Rússia poderia usar "indiretamente" o grave problema migratório contra a Europa.
Crosetto lembrou as prioridades estratégicas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

"Na África, a principal preocupação é a desestabilização do Sahel por meio do terrorismo e da infiltração de forças estrangeiras nas instituições de poder desses países. A imigração ilegal controlada por organizações criminosas é um derivado secundário, um sinal preocupante cuja gravidade potencial nós entendemos porque somos o país mais próximo", disse ele.

Da esquerda para a direita, à frente: o vice-ministro das Relações Exteriores da China, Ma Zhaoxu; o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira; a ministra das Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, Naledi Pandor; o ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar; e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. Os representantes das chancelarias posam para uma foto durante uma conferência dos Amigos do BRICS, na Cidade do Cabo, África do Sul, em 2 de junho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 06.06.2023
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A Rússia já havia declarado inúmeras vezes que as ações destrutivas dos Estados Unidos e de seus aliados para alimentar conflitos militares e interétnicos e sua interferência arrogante nos assuntos internos de Estados independentes provocaram um fluxo de milhões de refugiados do Iraque, Afeganistão, Líbia, Síria e de outros países para a Europa.
A Rússia também tem afirmado repetidamente que seus parceiros africanos são aliados em pé de igualdade, que provém ainda da época soviética.
Vários líderes africanos visitaram recentemente a Rússia. Moscou acrescentou que a África decepcionou o mundo ocidental com sua abordagem pragmática em relação à Rússia.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse anteriormente que as antigas metrópoles deveriam conhecer seu lugar e entender que o mundo mudou.
Segundo ele, os Estados Unidos e os países europeus, ao exigirem que os países africanos não cooperem com a Rússia, estão tentando restaurar a dependência colonial da África.
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