https://noticiabrasil.net.br/20230617/fonte-explica-por-que-kiev-nao-devera-ter-em-breve-sistemas-patriot-espanhois-29261234.html
Fonte explica por que Kiev não deverá ter em breve sistemas Patriot espanhóis
Fonte explica por que Kiev não deverá ter em breve sistemas Patriot espanhóis
Sputnik Brasil
O governo ucraniano recebeu algumas unidades de defesa antimísseis Patriot e agora apontou os olhos aos possuídos por Espanha. Uma fonte explicou as... 17.06.2023, Sputnik Brasil
2023-06-17T10:51-0300
2023-06-17T10:51-0300
2023-06-17T14:43-0300
operação militar especial russa
europa
ucrânia
espanha
turquia
patriot
vladimir zelensky
alemanha
eua
países baixos
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e6/0b/18/26104848_0:0:3000:1688_1920x0_80_0_0_02f54ce0a2195d9f4497ba06af640f45.jpg
A Ucrânia já possui sistemas de defesa antimísseis Patriot, fornecidos pelos EUA, Alemanha e Países Baixos. No entanto, Vladimir Zelensky demonstrou querer mais unidades.Além da Polônia, Suécia e Romênia, ele pediu mais Patriot à Espanha em 1º de junho, durante a reunião da Comunidade Política Europeia perto de Chisinau, na Moldávia, que reuniu Estados-membros da União Europeia e países candidatos. Mark Rutte, primeiro-ministro dos Países Baixos, fez oficialmente o mesmo pedido a Madri.No entanto, as Forças Armadas da Espanha só têm três baterias Patriot, duas delas localizadas na base dos fuzileiros navais em Valência e uma terceira em Adana, na Turquia. De acordo com uma fonte militar, é "impossível" Madri se desfazer das duas primeiras, pois isso "comprometeria a defesa nacional". Por isso, Kiev também está pressionando Ancara para permitir a transferência da terceira bateria.A bateria antimísseis Patriot foi instalada em solo turco em janeiro de 2013 para atender a uma solicitação do governo após a eclosão da guerra civil na Síria, um conflito que gera instabilidade nas fronteiras turcas "devido à possível ameaça representada pelo uso descontrolado de mísseis na região", disse o Ministério da Defesa da Espanha.A missão do respectivo contingente espanhol na Turquia termina em 31 de dezembro de 2023, o que torna necessário esperar seis meses por uma hipotética transferência do sistema para a Ucrânia na ausência de uma negociação prévia.Ao mesmo tempo, a Turquia, liderada pelo presidente Recep Tayyip Erdogan, tem relutância em o ver partir, devido ao valor político que simboliza a confiança da OTAN na Turquia, e Ancara tem demonstrado não seguir totalmente os interesses da aliança, inclusive com o bloqueio da adesão da Suécia à OTAN.Caraterísticas dos PatriotAs três baterias Patriot próprias da Espanha são bastante antigas, não estando claro que sejam muito úteis no conflito imprevisível na Ucrânia, "ainda [que] sejam boas o suficiente" para lidar com uma ameaça hipotética "do Magrebe".As três baterias espanholas foram compradas da Alemanha, a primeira em 2004, e as outras duas, de segunda mão, em 2014. A configuração atual das três baterias é 2+, com seis lançadores de quatro mísseis cada. O Ministério da Defesa da Espanha aprovou um primeiro lote de € 145 milhões (R$ 757,27 milhões) em 2023 para modernizá-las e passar para a configuração 3+, com lançadores de 16 mísseis e novo software. O programa de modernização para esse e outros armamentos vai até 2028.Uma bateria do sistema Patriot integra vários componentes: uma estação de controle, uma central de fornecimento de energia, um radar AN/MPQ-53 com alcance de 70-130 km, o lançador de mísseis terra-ar, com alcance de 100 km e velocidade máxima de cinco vezes a velocidade do som, e uma tripulação de pelo menos 90 militares para operar o sistema inteiro.Os Patriot são em teoria capazes de abater mísseis balísticos e de cruzeiro de curto alcance. No entanto, sua área de ação é limitada, podendo proteger uma base militar, por exemplo, mas não uma cidade inteira. Outro problema é sua taxa de interceptação.Jeffrey Lewis, analista da revista norte-americana Foreign Policy, afirmou em março de 2018 que não havia provas de que as baterias Patriot PAC-2 da Arábia Saudita tivessem interceptado qualquer um dos sete mísseis Burkan-2 que os rebeldes houthis do Iêmen lançaram então contra Riad, resultando em destruição, uma morte e vários feridos.Ele também criticou a eficácia dos sistemas de defesa antimísseis durante a Guerra do Golfo de 1991, onde inicialmente foi relatado que eles abateram 45 dos 47 mísseis Scud iraquianos lançados.Além disso, o treinamento da equipe que faz a manutenção, o uso e a reparação das baterias dura tempo."Em princípio, pode levar meses", disse a fonte militar à Sputnik. Ela admite que isso pode ter sido reduzido no caso de militares ucranianos que foram aos EUA para treinamento, "mas não podemos ter certeza".
https://noticiabrasil.net.br/20230602/polonia-revela-por-que-nao-pode-dar-cacas-f-16-ou-sistemas-patriot-a-ucrania-29080104.html
https://noticiabrasil.net.br/20230519/complexo-antiaereo-patriot-em-kiev-falhou-todos-os-32-misseis-lancados-contra-kinzhal-diz-portal-28897897.html
ucrânia
espanha
turquia
alemanha
países baixos
polônia
suécia
romênia
moldávia
valência
adana
síria
iraque
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2023
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e6/0b/18/26104848_166:0:2833:2000_1920x0_80_0_0_c81243eeabba0298e3c6ee1ab9390765.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
europa, ucrânia, espanha, turquia, patriot, vladimir zelensky, alemanha, eua, países baixos, polônia, suécia, romênia, moldávia, união europeia, mark rutte, forças armadas, forças armadas, valência, adana, síria, exército, exército da síria, sputnik, recep tayyip erdogan, otan, ministério da defesa, ministério da defesa da espanha, jeffrey lewis, foreign policy, scud, guerra do golfo, iraque
europa, ucrânia, espanha, turquia, patriot, vladimir zelensky, alemanha, eua, países baixos, polônia, suécia, romênia, moldávia, união europeia, mark rutte, forças armadas, forças armadas, valência, adana, síria, exército, exército da síria, sputnik, recep tayyip erdogan, otan, ministério da defesa, ministério da defesa da espanha, jeffrey lewis, foreign policy, scud, guerra do golfo, iraque
Fonte explica por que Kiev não deverá ter em breve sistemas Patriot espanhóis
10:51 17.06.2023 (atualizado: 14:43 17.06.2023) O governo ucraniano recebeu algumas unidades de defesa antimísseis Patriot e agora apontou os olhos aos possuídos por Espanha. Uma fonte explicou as dificuldades associadas ao processo.
A Ucrânia já possui sistemas de defesa antimísseis Patriot, fornecidos pelos EUA, Alemanha e Países Baixos. No entanto, Vladimir Zelensky demonstrou
querer mais unidades.
Além da Polônia, Suécia e Romênia, ele pediu mais Patriot à Espanha em 1º de junho, durante a reunião da Comunidade Política Europeia perto de Chisinau, na Moldávia, que reuniu Estados-membros da União Europeia e países candidatos. Mark Rutte, primeiro-ministro dos Países Baixos, fez oficialmente o mesmo pedido a Madri.
No entanto, as Forças Armadas da Espanha só têm três baterias Patriot, duas delas localizadas na base dos fuzileiros navais em Valência e uma terceira em Adana, na Turquia. De acordo com uma fonte militar, é "impossível" Madri se desfazer das duas primeiras, pois isso "comprometeria a defesa nacional". Por isso, Kiev também está pressionando Ancara para permitir a transferência da terceira bateria.
A bateria antimísseis Patriot foi instalada em solo turco em janeiro de 2013 para atender a uma solicitação do governo após a eclosão da guerra civil na Síria, um conflito que gera instabilidade nas fronteiras turcas "devido à possível ameaça representada pelo uso descontrolado de mísseis na região", disse o Ministério da Defesa da Espanha.
"Mas a guerra na Síria terminou e o Exército turco ocupa os territórios da fronteira norte desde 2016", o que teoricamente permite que ela seja entregue às forças de Kiev, explicou um oficial da reserva de alto escalão à Sputnik.
A missão do respectivo contingente espanhol na Turquia termina em 31 de dezembro de 2023, o que torna necessário esperar seis meses por uma hipotética transferência do sistema para a Ucrânia na ausência de uma negociação prévia.
Ao mesmo tempo, a Turquia, liderada pelo presidente Recep Tayyip Erdogan, tem relutância em o ver partir, devido ao valor político que simboliza a confiança da OTAN na Turquia, e Ancara tem demonstrado não seguir totalmente os interesses da aliança, inclusive com o bloqueio da adesão da Suécia à OTAN.
Caraterísticas dos Patriot
As três baterias Patriot próprias da Espanha são bastante antigas, não estando claro que sejam muito úteis no conflito imprevisível na Ucrânia, "ainda [que]
sejam boas o suficiente"
para lidar com uma ameaça hipotética "do Magrebe".
As três baterias espanholas foram compradas da Alemanha, a primeira em 2004, e as outras duas, de segunda mão, em 2014. A configuração atual das três baterias é 2+, com seis lançadores de quatro mísseis cada. O Ministério da Defesa da Espanha aprovou um primeiro lote de € 145 milhões (R$ 757,27 milhões) em 2023 para modernizá-las e passar para a configuração 3+, com lançadores de 16 mísseis e novo software.
O programa de modernização para esse e outros armamentos vai até 2028.
"O problema com as nossas baterias Patriot é que elas podem ser incompatíveis com as que já foram entregues à Ucrânia", sublinha a fonte, que nota que os outros países europeus na OTAN equipados com sistemas Patriot já têm a configuração 3+.
Uma bateria do sistema Patriot integra vários componentes: uma estação de controle, uma central de fornecimento de energia, um radar AN/MPQ-53 com alcance de 70-130 km, o lançador de mísseis terra-ar, com alcance de 100 km e velocidade máxima de cinco vezes a velocidade do som, e uma tripulação de pelo menos 90 militares para operar o sistema inteiro.
Os Patriot são em teoria capazes de abater mísseis balísticos e de cruzeiro de curto alcance. No entanto, sua área de ação é limitada, podendo proteger uma base militar, por exemplo, mas não uma cidade inteira. Outro problema é sua taxa de interceptação.
Jeffrey Lewis, analista da revista norte-americana Foreign Policy,
afirmou em março de 2018 que não havia provas de que as baterias Patriot PAC-2 da Arábia Saudita tivessem interceptado qualquer um dos sete mísseis Burkan-2 que os rebeldes houthis do Iêmen lançaram então contra Riad, resultando em destruição, uma morte e vários feridos.
Ele também criticou a eficácia dos sistemas de defesa antimísseis durante a Guerra do Golfo de 1991, onde inicialmente foi relatado que eles abateram 45 dos 47 mísseis Scud iraquianos lançados.
"Posteriormente, o Exército dos EUA revisou essa estimativa em baixa para cerca de 50% e, mesmo assim, expressou uma 'maior' confiança
em apenas cerca de um quarto dos casos", escreveu Lewis na época.
Além disso, o treinamento da equipe que faz a manutenção, o uso e a reparação das baterias dura tempo.
"Em princípio, pode levar meses", disse a fonte militar à Sputnik. Ela admite que isso pode ter sido reduzido no caso de militares ucranianos que foram aos EUA para treinamento, "mas não podemos ter certeza".