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Sul Global não adotará postura pró-ucraniana apesar da pressão dos EUA, acredita especialista
Sul Global não adotará postura pró-ucraniana apesar da pressão dos EUA, acredita especialista
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Os países do Sul Global agirão de acordo com seus próprios interesses e não serão inequivocamente pró-ucranianos, apesar da ativa pressão informacional dos EUA... 22.06.2023, Sputnik Brasil
2023-06-22T22:05-0300
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Anteriormente, o Financial Times citou fontes que afirmaram que o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, e a subsecretária de Estado dos EUA para Assuntos Políticos Victoria Nuland vão viajar para Copenhague em 24 e 25 de junho para uma reunião com representantes do Brasil, Índia, África do Sul e Turquia para discutir a situação na Ucrânia.Não há informações de que a China participará da reunião de alto nível. Conforme observado pelo jornal, Kiev solicitou a reunião com países que não condenaram as ações da Rússia.O especialista lembrou que, desde o início da operação especial, Washington tem comunicado ativamente com países que se distanciaram da avaliação americana do conflito ou não manifestaram posições pró-ucranianas.Ele acredita que os Estados Unidos querem tomar a iniciativa nesta "batalha de narrativas" e provavelmente apresentar a tese de que respeitam a autonomia dos países não ocidentais e estão dispostos a cooperar com eles.Os EUA presumem que é de seu interesse não ter um "não-Ocidente" consolidado, observou Timofeev, mas os próprios países do Sul Global seguirão seus próprios interesses em primeiro lugar, já que há pessoas pragmáticas nesses países que manterão uma política multivetorial.Segundo ele, os países do Sul Global não vão rejeitar totalmente a cooperação com o Ocidente, mas as relações com a Rússia também são benéficas para eles.
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Sul Global não adotará postura pró-ucraniana apesar da pressão dos EUA, acredita especialista
Os países do Sul Global agirão de acordo com seus próprios interesses e não serão inequivocamente pró-ucranianos, apesar da ativa pressão informacional dos EUA em relação à crise ucraniana, disse o especialista em relações internacionais Ivan Timofeev à Sputnik.
Anteriormente, o Financial Times
citou fontes que afirmaram que o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca,
Jake Sullivan, e a subsecretária de Estado dos EUA para Assuntos Políticos
Victoria Nuland vão viajar para Copenhague em 24 e 25 de junho para uma reunião com representantes do
Brasil, Índia, África do Sul e Turquia para discutir a situação na Ucrânia.
Não há informações de que a China participará da reunião de alto nível. Conforme observado pelo jornal, Kiev solicitou a reunião com países que não condenaram as ações da Rússia.
O especialista lembrou que, desde o início da operação especial, Washington tem comunicado ativamente com países que se distanciaram da avaliação americana do conflito ou não manifestaram posições pró-ucranianas.
"O objetivo desse evento é, por um lado, dar continuidade a esses esforços e, por outro lado, mostrar que os EUA têm seu próprio diálogo com o Sul Global e que não há contradição existencial entre eles. Dessa forma, eles querem minar uma das teses promovidas pela Rússia relacionada ao fato de que há uma mudança fundamental na ordem mundial, onde o Sul Global está se fortalecendo gradualmente", disse Timofeev.
Ele acredita que os Estados Unidos querem tomar a iniciativa nesta
"batalha de narrativas" e provavelmente apresentar a tese de que respeitam a autonomia dos países não ocidentais e estão dispostos a cooperar com eles.
Os EUA presumem que é de seu interesse não ter um
"não-Ocidente" consolidado, observou Timofeev, mas os próprios países do Sul Global seguirão seus próprios interesses em primeiro lugar, já que há pessoas pragmáticas nesses países que manterão uma política multivetorial.
Segundo ele, os países do Sul Global não vão rejeitar totalmente a cooperação com o Ocidente, mas as relações com a Rússia também são benéficas para eles.
"Ao se distanciarem do conflito ucraniano, não apoiando Kiev e, ao mesmo tempo, evitando qualquer apoio inequívoco à operação militar especial, eles deixam espaço de manobra e não se prendem a uma única posição. Portanto, é do interesse deles continuar com sua política, ou seja, defender um acordo pacífico, mas evitar uma clara associação com a posição de Kiev ou do Ocidente", enfatizou.