Conselho de Segurança da ONU vai discutir situação em torno do Nord Stream, diz missão russa
© AP Photo / Guarda Costeira da Suécia / HandoutGasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2) após fuga de gás, 28 de setembro de 2022
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O Conselho de Segurança da ONU (CSNU) vai realizar outra reunião para tratar da situação com a investigação sobre a sabotagem no gasoduto Nord Stream amanhã (27), disse o primeiro vice-representante permanente da Rússia nas Nações Unidas, Dmitry Polyansky, nesta segunda-feira (26).
"Hoje, pedimos mais uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para discutir a situação sobre o enfraquecimento [das investigações] do Nord Stream. Chamaremos a atenção de nossos colegas para o fato de que estão trazendo quase todos, só faltam turistas, para o local da explosão, e as autoridades dinamarquesas, alemãs ou suecas ainda não forneceram informações ao Conselho de Segurança da ONU sobre o andamento da investigação", disse Polyansky.
"Garantias vazias de que as investigações estão em andamento não nos convém. A discussão será realizada em formato fechado em 27 de junho, não excluímos a comunicação com os jornalistas sobre isso", acrescentou.
Em setembro de 2022, uma série de explosões causou sérios danos aos dutos subaquáticos Nord Stream 1 e 2 (Corrente do Norte 1 e 2) no fundo do mar Báltico, tornando inoperáveis os dutos que foram projetados para transportar gás natural russo diretamente para a Alemanha.
A destruição dos gasodutos ocorreu poucos meses depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu em fevereiro de 2022 que, se a Rússia enviasse suas tropas para a Ucrânia, os EUA "poriam fim" ao Nord Stream.
Em fevereiro de 2023, o jornalista investigativo norte-americano Seymour Hersh alegou que esse ato de sabotagem foi realizado pelos Estados Unidos a mando de Biden com a ajuda da Noruega. Segundo ele e suas fontes, mergulhadores norte-americanos plantaram cargas explosivas nos gasodutos no verão (Hemisfério Norte) de 2022 sob a cobertura de exercícios navais da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no mar Báltico, com as cargas sendo detonadas remotamente semanas depois para evitar suspeitas.