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Comunicado da OTAN revela que aliança acredita no futuro da Ucrânia entre seus membros

© AFP 2023 / Odd AndersenO presidente ucraniano Vladimir Zelensky (E) se dirige à multidão ao lado do presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, e da esposa de Nauseda, Diana Nausediene, na Praça Lukiskiu, em Vilnius, 11 de julho de 2023
O presidente ucraniano Vladimir Zelensky (E) se dirige à multidão ao lado do presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, e da esposa de Nauseda, Diana Nausediene, na Praça Lukiskiu, em Vilnius, 11 de julho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 11.07.2023
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O futuro da Ucrânia está na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), disse a aliança em seu comunicado publicado durante a cúpula de Vilnius nesta terça-feira (11), acrescentando que Kiev não precisa do Plano de Ação para Adesão.
Os líderes da OTAN, em comunicado emitido por ocasião de sua cúpula em Vilnius, destacaram pontos de relevância para a geopolítica mundial, quer seja sobre sua posição de apoio integral à Ucrânia — em seu esforço para isolar a Rússia — quer seja sobre a forma como observam o desenvolvimento chinês e o crescimento da percepção da China como uma ameça.
Especificamente sobre a possível adesão da Ucrânia ao bloco militar comandado pelos EUA, os líderes declararam seu apoio sem a necessidade de um dos requisitos mais básicos para a adesão.
"Apoiamos totalmente o direito da Ucrânia de escolher seus próprios acordos de segurança. O futuro da Ucrânia está na OTAN. Reafirmamos o compromisso que assumimos na Cúpula de 2008, em Bucareste, de que a Ucrânia se tornará membro da OTAN e hoje reconhecemos que o caminho da Ucrânia para a plena integração Euro-Atlântica ultrapassou a necessidade do Plano de Ação para Associados", diz o comunicado.
No caso da Geórgia, no entanto, a aliança afirmou que o Estado tem o direito de ingressar na OTAN, mas com o Plano de Ação de Adesão (MAP) que é parte integrante desse processo.
O bloco militar também decidiu intensificar o apoio político e prático para fortalecer a resiliência e a independência política da Moldávia "à luz da deterioração do ambiente de segurança".
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No campo dos desafios enfrentados pela aliança, o comunicado aponta que as políticas da China são um desafio à segurança e aos interesses da OTAN e assegurou que as circunstâncias em que a aliança consideraria o uso de armas nucleares seriam "extremamente remotas".

"As ambições declaradas da República Popular da China [RPC] e as políticas coercitivas desafiam nossos interesses, segurança e valores. Continuamos abertos a um envolvimento construtivo com a RPC, inclusive para construir transparência recíproca, com vistas a salvaguardar os interesses de segurança da aliança. Continuamos ser confrontados por ameaças cibernéticas, espaciais, híbridas e outras assimétricas, e pelo uso malicioso de tecnologias emergentes e disruptivas", diz o comunicado.

Em outro trecho importante do comunicado, a Aliança Atlântica afirma não buscar confronto com a Rússia, mas afirma não poder considerar Moscou como sua parceira, algo que foi duramente criticado pela representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, que declarou que a OTAN já está em confronto com a Rússia na Ucrânia.

"Claro, a OTAN não busca conflito com a Rússia. A OTAN está apenas participando dele", disse Zakharova em sua conta no Telegram sobre o comunicado da cúpula de Vilnius.

Como uma das deliberações da cúpula, os líderes da OTAN concordaram em estabelecer um centro marítimo para Segurança da Infraestrutura Submarina Crítica dentro do Comando Marítimo da OTAN (MARCOM, na sigla em inglês), algo que já vinha sendo discutido desde junho de 2022. Para além disso, a aliança afirmou que vai fortalecer a defesa aérea da Europa contra drones e mísseis hipersônicos.
Ainda de acordo com o comunicado, os Estados Unidos vão sediar a próxima cúpula da OTAN em 2024, e os Países Baixos vão sediar uma cúpula em 2025.
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