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Em coletiva, Lula diz que G7 está ultrapassado e que 'nem Putin nem Zelensky' estão prontos para paz
Em coletiva, Lula diz que G7 está ultrapassado e que 'nem Putin nem Zelensky' estão prontos para paz
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Presidente participou de coletiva de imprensa no Planalto esta manhã e concedeu diversas declarações, entre elas, defendeu a ampliação do BRICS citando Arábia... 02.08.2023, Sputnik Brasil
2023-08-02T16:31-0300
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Nesta manhã (2) durante o evento Café da Manhã com Correspondentes Internacionais no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que que o papel do Brasil em relação ao conflito Rússia-Ucrânia é buscar uma proposta de paz junto a outros países, mas ponderou que nenhum dos dois países estão dispostos a discutir a paz e ainda estão pensando em quem "vai ganhar".O mandatário também criticou a suposta falta de ação do Conselho de Segurança da ONU na mediação do conflito, uma vez que se a discussão "tivesse sido levada a sério e, se o Conselho de Segurança da ONU se comportasse como uma governança global, que respeitasse o coletivo dos países mundiais", o confronto não estaria acontecendo.No entanto, o presidente acrescentou que Lula que o Brasil "vai continuar tentando buscar a paz" para que na hora "que as pessoas se cansarem de guerra e quiserem o aconchego para parar a guerra, nós vamos ter um grupo de países dispostos a conversar com eles e apresentar uma solução".Ainda durante coletiva de imprensa, Lula disse que o grupo G7 de economias avançadas não deveria mais existir desde a criação do grupo maior, o G20, de economias líderes e emergentes: "Espero de uma vez por todas que as pessoas vejam que discutir política no G7 está ultrapassado. Depois do G20 nem deveria existir o G7", disse.Sobre a expansão do BRICS, o presidente afirmou que o grupo de economias emergentes do bloco deveria permitir novos membros "desde que cumpram os requisitos".No âmbito do BRICS, Lula ressaltou o papel do Novo Banco de Desenvolvimento, o qual deveria ser mais generoso que o Fundo Monetário Internacional: "O banco existe para ajudar a salvar países e não para ajudar a afundar países, que é o que o FMI costuma fazer", disse.Cúpula na Arábia SauditaTambém na tarde de hoje (2), o assessor presidencial para assuntos internacionais da presidência, Celso Amorim, participará de uma videoconferência organizada pela Arábia Saudita para tentar dar seguimento a uma primeira reunião, realizada na Dinamarca, sobre a paz na Ucrânia, mas Amorim afirmou que as expectativas são pequenas.O ex-chanceler explicou que a reunião na Dinamarca não avançou porque havia uma expectativa de Kiev de que se chegasse a um consenso sobre a sua própria proposta de paz.O assessor também destacou que "é importante esse diálogo porque cada vez fica mais claro que só haverá paz quando todos acharem possível e interessante. Por exemplo, não se pode deixar de fora as preocupações de segurança da Rússia, elas são reais. Se o objetivo for derrotar a Rússia é uma outra estratégia", afirmou Amorim.A cúpula medida pelos sauditas acontecerá na cidade de Jidá nos dias 5 e 6 de agosto.
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Em coletiva, Lula diz que G7 está ultrapassado e que 'nem Putin nem Zelensky' estão prontos para paz
16:31 02.08.2023 (atualizado: 06:34 03.08.2023) Presidente participou de coletiva de imprensa no Planalto esta manhã e concedeu diversas declarações, entre elas, defendeu a ampliação do BRICS citando Arábia Saudita e Emirados Árabes; criticou o Conselho de Segurança da ONU e disse que G7 "nem deveria existir".
Nesta manhã (2) durante o evento Café da Manhã com Correspondentes Internacionais no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que que o papel do Brasil em relação ao conflito Rússia-Ucrânia é buscar uma proposta de paz junto a outros países, mas ponderou que nenhum dos dois países estão dispostos a discutir a paz e ainda estão pensando em quem "vai ganhar".
"O Brasil está naquele rol de países que está procurando um caminho para que se possa usar a palavra 'paz'. Por enquanto a gente não tem ouvido nem de Zelensky nem do Putin a ideia de que nós vamos parar e vamos negociar. Por enquanto os dois estão naquela fase 'eu vou ganhar, eu vou ganhar'. Enquanto isso, as pessoas estão morrendo", afirmou o mandatário segundo o G1.
O mandatário também criticou a suposta falta de ação do Conselho de Segurança da ONU na mediação do conflito, uma vez que se a discussão "tivesse sido levada a sério e, se o Conselho de Segurança da ONU se comportasse como uma governança global, que respeitasse o coletivo dos países mundiais", o confronto não estaria acontecendo.
"O Conselho de Segurança da ONU não funcionou. Os Estados Unidos invadiram o Iraque, a França e o Reino Unido invadiram a Líbia, agora a Rússia. E todos têm poder de veto", afirmou.
No entanto, o presidente acrescentou que Lula que o Brasil "
vai continuar tentando buscar a paz" para que na hora "que as pessoas se cansarem de guerra e quiserem o aconchego para parar a guerra, nós vamos ter um grupo de países dispostos a conversar com eles e apresentar uma solução".
Ainda durante coletiva de imprensa, Lula disse que o grupo G7 de economias avançadas não deveria mais existir desde a criação do grupo maior, o G20, de economias líderes e emergentes: "Espero de uma vez por todas que as pessoas vejam que discutir política no G7 está ultrapassado. Depois do G20 nem deveria existir o G7", disse.
Sobre a expansão do BRICS, o presidente afirmou que o grupo de economias emergentes do bloco deveria permitir novos membros "desde que cumpram os requisitos".
"Acho extremamente importante a entrada da Arábia Saudita no BRICS [e] a entrada dos Emirados Árabes Unidos, se quiserem. A Argentina também", afirmou.
No âmbito do BRICS,
Lula ressaltou o papel do Novo Banco de Desenvolvimento, o qual deveria ser mais generoso que o Fundo Monetário Internacional: "O banco existe para ajudar a salvar países e não para ajudar a afundar países,
que é o que o FMI costuma fazer", disse.
Também na tarde de hoje (2), o assessor presidencial para assuntos internacionais da presidência, Celso Amorim, participará de uma videoconferência organizada pela Arábia Saudita para tentar dar seguimento a uma primeira reunião, realizada na Dinamarca, sobre a paz na Ucrânia, mas Amorim afirmou que as expectativas são pequenas.
O ex-chanceler explicou
que a reunião na Dinamarca não avançou porque havia uma expectativa de Kiev de que se chegasse a um consenso sobre a sua própria proposta de paz.
"A nossa visão e de outros países é que para se chegar a paz é preciso ter diálogo. E diálogo não pode ser consigo mesmo [...][a cúpula na Arábia Saudita] é uma continuação, mas o próprio convite que nos foi enviado é para um diálogo aberto, sem presumir que vá haver conclusões oficiais", disse Amorim
citado pelo UOL.
O assessor também destacou que "é importante esse diálogo porque cada vez fica mais claro que só haverá paz quando todos acharem possível e interessante. Por exemplo, não se pode deixar de fora as
preocupações de segurança da Rússia, elas são reais. Se o
objetivo for derrotar a Rússia é uma outra estratégia", afirmou Amorim.
A cúpula medida pelos sauditas acontecerá na cidade de Jidá nos dias 5 e 6 de agosto.