Militares britânicos fazem alegações 'estúpidas' atribuindo falha da ofensiva de Kiev a arbustos
11:37 06.08.2023 (atualizado: 18:00 06.08.2023)
© Sputnik / Acessar o banco de imagensUm soldado russo na zona de operação militar especial de Moscou na Ucrânia
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Mais de dois meses depois, a contraofensiva de Kiev não mostra sinais de sucesso, pois as perdas do Exército ucraniano em homens e material continuam aumentando.
O ex-analista da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA), Larry Johnson, atacou os militares do Reino Unido por alegações de que a densa vegetação seria um fator que impedia o avanço das tropas ucranianas.
"Quem diria que tudo o que os Estados Unidos tinham que fazer para garantir o sucesso da contraofensiva da Ucrânia era fornecer a eles uma brigada de removedores de ervas daninhas, para que eles pudessem ir lá e cortar todas as ervas", disse Johnson em entrevista a um canal do YouTube.
O ex-analista da CIA continuou afirmando que ele quis dizer que "isso é tão sem sentido — você deve se perguntar como no mundo supostos militares profissionais no Reino Unido podem dizer algo tão estúpido, tão incrivelmente ignorante, que é atribuir as culpas disso [da fracassada contraofensiva de Kiev] ao crescimento [da vegetação] no verão [do Hemisfério Norte]."
Johnson falou alguns dias depois que o Ministério da Defesa do Reino Unido afirmou em sua atualização regular de inteligência que o crescimento da vegetação na parte sul da linha de frente na Ucrânia continua sendo um fator que provavelmente está "contribuindo para o progresso no geral lento do combate na área".
O ministério argumentou que as terras aráveis, abundantes na região, foram "deixadas em descanso por 18 meses, com o retorno acelerado de ervas daninhas e arbustos nas condições quentes e úmidas do verão".
Isso fornece cobertura de camuflagem extra para posições defensivas russas, complicando os esforços de varredura de minas de Kiev, de acordo com o ministério. "Embora a vegetação rasteira também possa fornecer cobertura para pequenos ataques furtivos de infantaria, o efeito líquido foi tornar mais difícil para qualquer um dos lados fazer avanços", apontou a atualização de inteligência.
No dia 4 de junho, Kiev lançou sua contraofensiva nas proximidades de Zaporozhie, no sul da República Popular de Donetsk (RPD) e Artyomovsk, usando brigadas de combate treinadas por instrutores da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e armadas com equipamento militar ocidental, incluindo os muito alardeados tanques Leopard 2. O avanço, no entanto, rapidamente parou, com o presidente russo, Vladimir Putin, enfatizando que as tropas ucranianas foram repelidas em todas as frentes, pois sofreram enormes baixas.
De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, Kiev perdeu mais de 43.000 militares e 4.900 unidades de diferentes equipamentos militares na linha de contato desde o início da contraofensiva da Ucrânia.