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Intervenção da África Ocidental no Níger não levará a um rápido sucesso, opina especialista
Intervenção da África Ocidental no Níger não levará a um rápido sucesso, opina especialista
Sputnik Brasil
Os países da África Ocidental terão dificuldade em alcançar um sucesso rápido no Níger, no caso de uma possível intervenção militar, que ameaçaria a... 11.08.2023, Sputnik Brasil
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Na quinta-feira (10), a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) incumbiu o Comitê de Chefes de Estados-Maiores de seus países-membros de ativar imediatamente as forças de reserva para restaurar a ordem constitucional no Níger. Por sua vez, o presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, disse que os líderes regionais concordaram em lançar a operação o mais rápido possível. De acordo com Ouattara, a Costa do Marfim fornecerá um batalhão de entre 850 e 1.100 homens. Eles serão acompanhados por soldados da Nigéria e do Benin.Além disso, especialista em assuntos internacionais e diplomacia apontou que a comunidade internacional também não é unânime: a França e a União Europeia apoiam a invasão, enquanto, por exemplo, os EUA falam sobre um retorno ao regime constitucional no Níger sem escalar a situação e nem sequer chamaram os eventos de golpe.Ao mesmo tempo, segundo ele, desde o início da rebelião a situação no país mudou a favor de seus organizadores, e seu apoio popular aumentou.Na Nigéria, no entanto, disse ele, a reação pública à decisão de invadir o Níger militarmente pode ser negativa, e as tentativas de desafiar a opinião do povo podem provocar a saída das pessoas às ruas.Assim, a atitude negativa dos países francófonos da África em relação à França vai crescer. Além disso, o especialista acredita que a decisão de invadir "é extremamente perigosa para o presidente deposto Mohamed Bazoum e os ex-membros do governo, cujas vidas podem estar em risco".Em vez de uma solução militar para a situação em torno do Níger, o estudioso considera mais razoável conseguir, sob promessa do levantamento das sanções econômicas e da prestação de assistência, que os militares no poder liberem os políticos e prometam preparar e realizar eleições dentro de um ano.Em julho (27), em um comunicado aos moradores do Níger, um grupo de militares anunciou o fim do governo do presidente Mohamed Bazoum. A afirmação deles se deu horas após o palácio presidencial ter sido cercado. Os militares justificaram a derrubada de Bazoum afirmando que durante seu governo a situação ao redor da segurança no país piorou, assim como a economia e o bem-estar social.
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Intervenção da África Ocidental no Níger não levará a um rápido sucesso, opina especialista
08:56 11.08.2023 (atualizado: 08:57 11.08.2023) Os países da África Ocidental terão dificuldade em alcançar um sucesso rápido no Níger, no caso de uma possível intervenção militar, que ameaçaria a integridade do presidente derrubado e dos membros do governo, disse à Sputnik Tadjadine Beshir Niam, o chefe do Escritório de Relações Exteriores da Universidade Internacional Africana.
Na quinta-feira (10), a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) incumbiu o Comitê de Chefes de Estados-Maiores de seus países-membros de ativar imediatamente as forças de reserva para restaurar a ordem constitucional no Níger.
Por sua vez, o presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara,
disse que
os líderes regionais concordaram em lançar a operação o mais rápido possível. De acordo com Ouattara, a Costa do Marfim fornecerá um batalhão de entre 850 e 1.100 homens. Eles serão acompanhados por soldados da Nigéria e do Benin.
"Todos os sinais significativos apontam para a impossibilidade ou extrema complexidade de uma intervenção militar no Níger, defendida por vários Estados-membros da CEDEAO, apoiados pela França, no contexto da divisão entre os membros da CEDEAO, quando países como Mali e Burkina Faso não só rejeitam tal cenário, mas também estão prontos para prestar assistência militar aos golpistas, enquanto o Chade simplesmente não apoia a intervenção militar", disse ele.
Além disso, especialista em assuntos internacionais e diplomacia apontou que a comunidade internacional também não é unânime: a França e a União Europeia apoiam a invasão, enquanto, por exemplo, os EUA falam sobre um retorno ao
regime constitucional no Níger sem escalar a situação e nem sequer chamaram os eventos de golpe.Ao mesmo tempo, segundo ele, desde o início da rebelião a situação no país mudou a favor de seus organizadores, e seu apoio popular aumentou.
"Por todas estas razões, se os países da região invadirem o Níger militarmente, será difícil para eles alcançar uma vitória rápida no curto prazo, a maioria dos países da CEDEAO não enviará suas tropas para o Níger e não apoiará a operação logisticamente, portanto, a principal tarefa no plano militar recairá sobre os ombros da Nigéria e o financiamento – sobre os ombros da França", acrescentou.
Na Nigéria, no entanto, disse ele, a reação pública à decisão de invadir o Níger militarmente pode ser negativa, e as
tentativas de desafiar a opinião do povo podem provocar a saída das pessoas às ruas.
Assim, a atitude negativa dos países francófonos da África em relação à França vai crescer. Além disso, o especialista acredita que a decisão de invadir "é extremamente perigosa para o presidente deposto Mohamed Bazoum e os ex-membros do governo, cujas vidas podem estar em risco".
Em vez de uma solução militar para a situação em torno do Níger,
o estudioso considera mais razoável conseguir, sob promessa do levantamento das sanções econômicas e da prestação de assistência, que os militares no
poder liberem os políticos e prometam preparar e realizar eleições dentro de um ano.
Em julho (27), em um comunicado aos moradores do Níger,
um grupo de militares anunciou o fim do governo do presidente Mohamed Bazoum. A afirmação deles se deu horas após o palácio presidencial ter sido cercado. Os militares justificaram a derrubada de Bazoum afirmando que durante seu governo a
situação ao redor da segurança no país piorou, assim como a economia e o bem-estar social.