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Em meio a novas revelações, advogado de Mauro Cid deixa caso por suposta 'quebra de confiança'
Em meio a novas revelações, advogado de Mauro Cid deixa caso por suposta 'quebra de confiança'
Sputnik Brasil
Advogado especialista em delação premiada é o segundo a deixar a defesa do tenente-coronel. Até maio, o militar era defendido por Rodrigo Roca, próximo à... 13.08.2023, Sputnik Brasil
2023-08-13T16:36-0300
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2023-08-14T07:37-0300
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Nesta semana, Bernardo Fenelon, advogado de Mauro Cid deixou a defesa do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. De acordo com o G1, até o início da semana Fenelon ainda respondia pelos avanços judiciais das investigações envolvendo o ex-ajudante.A decisão do advogado, que é especialista em acordos de delação premiada, teria sido motivada por uma "quebra de confiança" na relação entre Cid e a defesa, indica o portal.Quando documentos mostraram o militar tentando vender um Rolex dado a Bolsonaro pelo rei da Arábia Saudita, Fenelon afirmou à mídia que não poderia responder sobre o caso porque a defesa ainda não tinha tido acesso ao material.Até a manhã de hoje (13), ainda não estava definido o nome do novo advogado do ex-auxiliar de Bolsonaro. Com isso, Mauro Cid ainda não tinha divulgado nenhuma nota oficial sobre as revelações dos últimos dias.De acordo com a coluna de Lauro Jardim em O Globo, o tenente-coronel se autoincriminou por causa de uma sequência de mensagens que enviou para si mesmo via WhatsApp.As mensagens diziam respeito ao kit de joias de ouro branco que Bolsonaro recebeu em visita à Arábia Saudita, em outubro de 2019, e que foi vendido e recomprado nos EUA, segundo a PF, entre junho de 2022 e março de 2023 — ante a iminência do Tribunal de Contas da União (TCU) pedir que fossem devolvidas.Segundo o colunista, Mauro Cid tirou sete fotos do conjunto e do certificado de autenticidade dele (composto por um anel, abotoaduras, um rosário islâmico e um relógio Rolex — uma caneta da Chopard também aparece nas imagens). A PF diz que ele chegou a enviá-las a terceiros e, depois, apagá-las antes que fosse alvo de busca e apreensão, em maio.Só que a PF recuperou o conteúdo mesmo assim, por meio da janela de diálogo do WhatsApp que Mauro Cid usava para "conversar" consigo mesmo.Os registros da investigação mostram que ele enviou a si mesmo não só as sete fotos em questão, como o endereço onde parte das joias foi parar (incluindo o da Seybold Jewelry Building, em Miami) e o endereço virtual que mostrava o Rolex à venda no site de outra loja de revenda, relata a mídia.O tenente-coronel está sendo investigado por diversos casos, o mais recente da sequência foi a revelação de que ele tentou acessar o antigo e-mail de trabalho 99 vezes em março deste ano, quando o governo Lula já havia bloqueado seu acesso. Antes disso, acessou a conta mais de 500 vezes.Na quarta-feira (9), o general Marcos Antônio Amaro dos Santos, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), disse que vai "abrir uma sindicância" e afastar funcionários do GSI após detalhes da segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva terem sido enviados a Mauro Cid, conforme noticiado.
https://noticiabrasil.net.br/20230811/pf-afirma-que-bolsonaro-levou-mala-com-presentes-para-os-eua-em-aviao-oficial-da-fab-29890752.html
https://noticiabrasil.net.br/20230813/campanha-de-fake-news-diz-advogado-de-bolsonaro-sobre-seu-envolvimento-em-venda-de--joias-29904196.html
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Em meio a novas revelações, advogado de Mauro Cid deixa caso por suposta 'quebra de confiança'
16:36 13.08.2023 (atualizado: 07:37 14.08.2023) Advogado especialista em delação premiada é o segundo a deixar a defesa do tenente-coronel. Até maio, o militar era defendido por Rodrigo Roca, próximo à família Bolsonaro. Cid está preso desde maio.
Nesta semana,
Bernardo Fenelon, advogado de
Mauro Cid deixou a defesa do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. De
acordo com o G1, até o início da semana Fenelon ainda respondia pelos avanços judiciais das investigações envolvendo o ex-ajudante.
A decisão do advogado, que é especialista em acordos de delação premiada, teria sido motivada por uma "quebra de confiança" na relação entre Cid e a defesa, indica o portal.
Quando documentos mostraram o militar
tentando vender um Rolex dado a Bolsonaro pelo rei da Arábia Saudita, Fenelon afirmou à mídia que não poderia responder sobre o caso porque a defesa
ainda não tinha tido acesso ao material.
Até a manhã de hoje (13), ainda não estava definido o nome do novo advogado do ex-auxiliar de Bolsonaro. Com isso, Mauro Cid ainda não tinha divulgado nenhuma nota oficial sobre as revelações dos últimos dias.
De
acordo com a coluna de Lauro Jardim em O Globo, o tenente-coronel se autoincriminou por causa de uma sequência de mensagens que enviou para si mesmo via WhatsApp.
As mensagens diziam respeito ao kit de joias de ouro branco que Bolsonaro recebeu em visita à Arábia Saudita, em outubro de 2019, e que foi vendido e recomprado nos EUA, segundo a PF, entre junho de 2022 e março de 2023 — ante a iminência do Tribunal de Contas da União (TCU) pedir que fossem devolvidas.
Segundo o colunista, Mauro Cid tirou sete fotos do conjunto e do certificado de autenticidade dele (
composto por um anel, abotoaduras, um rosário islâmico e um relógio Rolex — uma caneta da Chopard também aparece nas imagens). A
PF diz que ele chegou a enviá-las a terceiros e, depois, apagá-las antes que fosse alvo de busca e apreensão, em maio.
Só que a PF recuperou o conteúdo mesmo assim, por meio da janela de diálogo do WhatsApp que Mauro Cid usava para "conversar" consigo mesmo.
Os registros da investigação mostram que ele enviou a si mesmo não só as sete fotos em questão, como o endereço onde parte das joias foi parar (incluindo o da Seybold Jewelry Building, em Miami) e o endereço virtual que mostrava o Rolex à venda no site de outra loja de revenda, relata a mídia.
O tenente-coronel está sendo investigado por diversos casos, o mais recente da sequência foi a revelação de que ele tentou acessar o antigo e-mail de trabalho 99 vezes em março deste ano, quando o governo Lula já havia bloqueado seu acesso. Antes disso, acessou a conta mais de 500 vezes.
Na quarta-feira (9), o general Marcos Antônio Amaro dos Santos,
ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), disse que vai "abrir uma sindicância" e afastar funcionários do GSI após detalhes da segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva terem sido enviados a Mauro Cid, conforme noticiado.