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Novo advogado de Mauro Cid diz que militar 'cumpriu ordens' e não exclui delação: 'Guerra é guerra'

© Geraldo Magela / Agência SenadoMauro César Barbosa Cid
Mauro César Barbosa Cid - Sputnik Brasil, 1920, 16.08.2023
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Novo defensor do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro o afasta da culpa ao argumentar que Cid era apenas "um assessor que cumpria ordens" e que "alguém determinou" as ações que ele supostamente fazia.
No domingo (13), o advogado de Mauro Cid decidiu deixar o caso do tenente-coronel alegando "quebra de confiança". Hoje (16), Cezar Bitencourt, novo advogado de Cid já mudou o tom da defesa e destacou que ele é "um assessor que cumpre ordens".
"Na verdade, ele é um militar, mas ele é um assessor. Assessor cumpre ordens do chefe. Assessor militar com muito mais razão. O civil pode até se desviar, mas o militar tem por formação essa obediência hierárquica. Então, alguém mandou, alguém determinou. Ele é só o assessor. Assessor faz o quê? Assessora, cumpre ordens", afirmou.
O advogado continuou declarando que "essa obediência hierárquica para um militar é muito séria e muito grave. Exatamente essa obediência a um superior militar é o que há de afastar a culpabilidade dele".
De acordo com o G1, Bitencourt disse que foi procurado por um familiar de Mauro Cid, mas não detalhou o contratante, acrescentando que não "sabe nada" sobre general Mauro Lourena Cid, pai de Cid, que também é investigado pela suposta venda ilegal de presentes oficiais.
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O advogado também se apresenta como um "ferrenho crítico do instituto da delação premiada", mas não descarta recorrer ao recurso na defesa do seu novo cliente: "Não está no meu radar, e nem do Mauro, que eu sei. Agora, se for necessário, guerra é guerra, né?", declarou Bitencourt segundo a revista Veja.
"Na verdade, não sou contra nada. A partir do momento em que eu entro na defesa, eu estou aberto para usar os institutos que nos favorecem, que favorecem o nosso cliente, a defesa. Enfim, eu sou crítico intelectual da delação premiada, mas não quer dizer que eu não possa usar esse instrumento. Fica em aberto, a gente tem a possibilidade, está aí à disposição de qualquer um", complementou.
Mauro Cid está preso desde maio, por envolvimento na suposta fraude em cartões de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro e familiares. No entanto, na semana passada, também foi alvo da operação da Polícia Federal que apura possível venda ilegal de presentes oficiais na gestão de Bolsonaro.
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