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Rússia dá novo passo em sua resposta ao boom do xisto nos EUA
Rússia dá novo passo em sua resposta ao boom do xisto nos EUA
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Apesar das numerosas sanções impostas à Rússia, o "plano energético especial" de Moscou – a exploração dos vastos recursos petrolíferos e de gás do Ártico –... 29.08.2023, Sputnik Brasil
2023-08-29T11:38-0300
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Além do fato de a Rússia ter conseguido levar a cabo uma missão tão difícil em termos financeiros e tecnológicos, apesar das duras sanções, o Arctic LNG 2, um projeto de gás natural liquefeito (GNL) da empresa russa Novatek, é vital para a Eurásia por uma série de razões mais amplas, diz o especialista do portal Oilprice.com, Simon Watkins. Em primeiro lugar, está a magnitude das reservas de petróleo e gás da Rússia, muitas das quais na parte ártica do país, compreendendo mais de 35,7 bilhões de metros cúbicos (bmc) de gás natural e mais de 2,3 bmc de toneladas métricas de petróleo, observou o analista. O portal alega as palavras do presidente russo, Vladimir Putin, que havia declarado que "nos próximos dez anos haverá uma expansão espetacular da extração destes recursos do Ártico" e, como resultado, a construção da Rota Marítima do Norte (RMS) como principal rota de transporte para rentabilizar estes recursos nos mercados mundiais de petróleo e gás. Uma vez que "o principal mercado" para onde irá grande parte da produção de petróleo e gás do Ártico seria a China, a segunda razão pela qual a região é tão importante para o Kremlin, explicou Watkins. A terceira razão, na opinião do especialista, é que o GNL é a forma de gás "mais confortável" do mundo. Ao contrário do fornecimento de gás por gasoduto, o gás liquefeito não requer anos de instalação de gasodutos e construção de infraestruturas de apoio, nem negociações contratuais complexas e demoradas. Em vez disso, "pode ser rapidamente adquirido no mercado à vista e transportado para onde for necessário", disse ele.Uma última razão fundamental em jogo na pressão da Rússia pelo petróleo e gás do Ártico, segundo Watkins, é "a sua capacidade de subverter a hegemonia baseada no dólar americano no mercado energético". Dadas estas circunstâncias o comissionamento da primeira linha de GNL do Ártico 2 "está em linha" com os planos da Novatek de aumentar a sua capacidade de exportação de GNL para 70 milhões de toneladas métricas por ano (tm/a) até 2030 incluindo 198 milhões tm/a de GNL do Ártico 2 disse o analista. Por sua vez, "isto se enquadra" nos planos da Rússia para uma produção de gás liquefeito na casa de 80-140 milhões de tm/a até 2035, o que seria superior às potências de GNL do Catar e da Austrália, resumiu Watkins.
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Rússia dá novo passo em sua resposta ao boom do xisto nos EUA
11:38 29.08.2023 (atualizado: 15:00 29.08.2023) Apesar das numerosas sanções impostas à Rússia, o "plano energético especial" de Moscou – a exploração dos vastos recursos petrolíferos e de gás do Ártico – deu um grande passo com a confirmação de que o seu principal projeto Arctic LNG 2 (Ártico 2) vai estar operacional antes do final de 2023, dizem especialistas.
Além do fato de a Rússia ter conseguido levar a cabo uma missão tão difícil em termos financeiros e tecnológicos, apesar das duras sanções, o
Arctic LNG 2, um
projeto de gás natural liquefeito (GNL) da empresa russa Novatek, é vital para a Eurásia por uma série de razões mais amplas,
diz o especialista do portal Oilprice.com, Simon Watkins.
Em primeiro lugar, está a magnitude das reservas de petróleo e gás da Rússia, muitas das quais na parte ártica do país, compreendendo mais de 35,7 bilhões de metros cúbicos (bmc) de gás natural e mais de 2,3 bmc de toneladas métricas de petróleo, observou o analista.
O portal alega as palavras do presidente russo, Vladimir Putin, que havia declarado que "nos próximos dez anos haverá uma expansão espetacular da extração destes recursos do Ártico" e, como resultado, a construção da
Rota Marítima do Norte (RMS) como
principal rota de transporte para rentabilizar estes recursos nos mercados mundiais de petróleo e gás.
Uma vez que "o principal mercado" para onde irá grande parte da
produção de petróleo e gás do Ártico seria a China, a segunda razão pela qual a
região é tão importante para o Kremlin, explicou Watkins.
A terceira razão, na opinião do especialista, é que o GNL é a
forma de gás "mais confortável" do mundo. Ao contrário do fornecimento de gás por gasoduto, o gás liquefeito
não requer anos de instalação de gasodutos e construção de infraestruturas de apoio, nem negociações contratuais complexas e demoradas. Em vez disso, "pode ser rapidamente adquirido no mercado à vista e transportado para onde for necessário", disse ele.
Além disso, elaborou o autor, o aumento das capacidades de fornecimento de GNL da própria Rússia "nunca foi tão importante do ponto de vista geopolítico como agora, em uma altura em que o mundo necessita cada vez mais do fornecimento deste tipo de gás, dada a recuperação de sua procura na Europa após a estagnação dos fluxos dos gasodutos russos".
Uma última razão fundamental em jogo na
pressão da Rússia pelo petróleo e gás do Ártico, segundo Watkins, é "a sua capacidade de
subverter a hegemonia baseada no dólar americano no mercado energético".
Dadas estas circunstâncias o comissionamento da primeira linha de GNL do Ártico 2 "está em linha" com os planos da Novatek de aumentar a sua capacidade de exportação de GNL para 70 milhões de toneladas métricas por ano (tm/a) até 2030 incluindo 198 milhões tm/a de GNL do Ártico 2 disse o analista.
Por sua vez, "isto se enquadra" nos
planos da Rússia para uma produção de gás liquefeito na casa de 80-140 milhões de tm/a até 2035, o que seria
superior às potências de GNL do Catar e da Austrália, resumiu Watkins.