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Bancos chineses aumentam acentuadamente a participação de mercado na Rússia, diz mídia

© Sputnik / Nina ZotinaCédulas e moedas de yuan
Cédulas e moedas de yuan - Sputnik Brasil, 1920, 05.09.2023
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Poucos meses após o início da operação militar especial russa na Ucrânia, credores ocidentais saíram da Rússia como parte das sanções contra Moscou, mas ao contrário do que se esperava, estão sendo substituídos.
De acordo com o Financial Times (FT), a exposição da China ao setor bancário russo quadruplicou nos 14 meses até março deste ano, enquanto as instituições ocidentais retiraram as suas operações do país, segundo dados da Escola de Economia de Kiev divulgados no domingo (3).
O Banco Industrial e Comercial da China, o Banco da China, o Banco de Construção da China e o Banco Agrícola da China aumentaram a sua exposição combinada à Rússia de US$ 2,2 bilhões (cerca de R$ 10,8 bilhões) para US$ 9,7 bilhões (aproximadamente R$ 47,8 bilhões) durante esse período, segundo o FT.
Ao mesmo tempo, a proporção global de ativos bancários russos detidos por credores estrangeiros diminuiu de 6,2% para 4,9% nos 14 meses até março.
O FT argumenta que as iniciativas dos quatro bancos chineses, que estão entre os maiores do país, fazem parte dos esforços de Pequim para promover o renminbi (ou yuan) no mercado financeiro global.
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"Os empréstimos dos bancos chineses aos bancos e instituições de crédito russos, que são, na sua maior parte, um caso em que o yuan toma o lugar dos dólares e dos euros, mostram que as sanções estão fazendo seu trabalho", disse o vice-diretor de desenvolvimento da Escola de Economia de Kiev, Andrei Onoprienko, ao FT.
O relatório observou que antes do início da operação militar especial na Ucrânia, a moeda chinesa representava menos de 1% dos pagamentos de exportação da Rússia, enquanto mais de 60% eram feitos no que Moscou chama agora de "moedas tóxicas", tais como o dólar americano e o euro. Contudo, desde então, a participação das moedas ocidentais caiu para menos de metade dos pagamentos de exportação, enquanto a participação do yuan tem vindo a crescer de forma constante.
A Rússia impulsionou o uso de moedas alternativas nas transações desde o ano passado. O presidente Vladimir Putin sugeriu que o yuan chinês deveria ser utilizado de forma mais ampla, não só no comércio com a China, mas também nas transações da Rússia com países da África e da América Latina. Os dados mais recentes do Banco da Rússia mostram que o yuan se tornou um ator importante no comércio exterior do país.
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