https://noticiabrasil.net.br/20230914/mercosul-responde-adendo-da-ue-sobre-acordo-de-livre-comercio-com-2-paginas-e-de-forma-enxuta-30317278.html
Mercosul responde carta da UE com linguagem mais genérica por divergências internas, diz mídia
Mercosul responde carta da UE com linguagem mais genérica por divergências internas, diz mídia
Sputnik Brasil
Demora para envio aconteceu por desacordos, nomeadamente Uruguai e Paraguai mais reticentes e Brasil e Argentina prontos para entregar a resposta, que conteve... 14.09.2023, Sputnik Brasil
2023-09-14T16:21-0300
2023-09-14T16:21-0300
2023-09-14T16:38-0300
notícias do brasil
brasil
mercosul
uruguai
paraguai
argentina
governo lula
união europeia
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e7/09/0e/30317405_0:160:3072:1888_1920x0_80_0_0_30d7477c00f092efc12aa879acc2e9ed.jpg
Ontem (13) à noite o Mercosul enviou sua resposta à side letter (carta paralela) da União Europeia no âmbito do arrastado acordo de livre comércio entre os dois blocos. Nesta quinta-feira (14), os negociadores falarão no final do dia, disse a chancelaria brasileira.A mídia acrescentou que dois diplomatas europeus também confirmaram o envio e a reunião.Segundo relatos feitos à CNN Brasil por fontes diplomáticas, a resposta do Mercosul tem apenas duas páginas e aborda aspectos gerais, sem entrar em demandas específicas sobre compras governamentais, por exemplo.Uma pessoa que teve acesso ao documento afirmou que o bloco ressaltou a necessidade de "preservação de espaço de políticas públicas", em referência às licitações do setor público, mas sem entrar em detalhes sobre o que significaria isso.De acordo com essas fontes, a linguagem mais genérica decorre de divergências internas. Uruguai e Paraguai estariam reticentes com a intenção do Brasil, manifestada diversas vezes pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de mexer nas exigências sobre compras governamentais.A Argentina teria feito muitos questionamentos, mas estaria endossando a postura brasileira. Sem um forte consenso dentro do Mercosul, a saída foi usar termos menos específicos, relata a CNN.No início do ano, o bloco europeu apresentou ao Mercosul uma carta paralela ao acordo que incluía exigências ambientais para resolver as reservas de muitos Estados-membros da UE. O Brasil classificou os acréscimos como "protecionistas", as punições (por meio de sanções ou suspensão do acordo) como "ameaças" e rejeitou as compras governamentais mais abertas previstas no acordo comercial proposto.Diplomatas temem que o acordo, que representaria o maior acordo comercial alcançado pela UE em termos de população, possa desmoronar se não for concluído até ao final do ano, uma vez que as negociações já duram 20 anos e a ratificação é esperada desde 2019.
https://noticiabrasil.net.br/20230826/lula-diz-ser-dificil-negociar-com-franceses-sobre-ue-mercosul-querem-tudo-e-nao-abrem-mao-de-nada-30052491.html
https://noticiabrasil.net.br/20230623/lula-esta-doido-pelo-acordo-ue-mercosul-mas-exigencias-impostas-pelo-bloco-sao-ameaca-ao-brasil-29334600.html
brasil
uruguai
paraguai
argentina
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2023
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e7/09/0e/30317405_171:0:2902:2048_1920x0_80_0_0_ee953152fe27335d6ef64a9b6e7b0a33.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
brasil, mercosul, uruguai, paraguai, argentina, governo lula, união europeia
brasil, mercosul, uruguai, paraguai, argentina, governo lula, união europeia
Mercosul responde carta da UE com linguagem mais genérica por divergências internas, diz mídia
16:21 14.09.2023 (atualizado: 16:38 14.09.2023) Demora para envio aconteceu por desacordos, nomeadamente Uruguai e Paraguai mais reticentes e Brasil e Argentina prontos para entregar a resposta, que conteve apenas duas páginas e aborda aspectos gerais, sem entrar em demandas específicas sobre compras governamentais.
Ontem (13) à noite o Mercosul enviou sua resposta à side letter (carta paralela) da União Europeia no âmbito do arrastado acordo de livre comércio entre os dois blocos. Nesta quinta-feira (14), os negociadores falarão no final do dia, disse a chancelaria brasileira.
"A resposta do Mercosul à UE foi enviada ontem [13] à noite. Hoje [14] há uma videoconferência entre o Mercosul e a UE para avançar na discussão, que tem sido objeto de frequentes reuniões entre negociadores", disse um porta-voz do Itamaraty não identificado à Reuters.
A mídia acrescentou que dois diplomatas europeus também confirmaram o envio e a reunião.
Segundo
relatos feitos à CNN Brasil
por fontes diplomáticas, a resposta do Mercosul tem
apenas duas páginas e aborda aspectos gerais, sem entrar em demandas específicas sobre compras governamentais, por exemplo.
Uma pessoa que teve acesso ao documento afirmou que o bloco ressaltou a necessidade de "preservação de espaço de políticas públicas", em referência às licitações do setor público, mas sem entrar em detalhes sobre o que significaria isso.
De acordo com essas fontes, a linguagem mais genérica decorre de divergências internas. Uruguai e Paraguai estariam reticentes com a intenção do Brasil, manifestada diversas vezes pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de mexer nas exigências sobre compras governamentais.
A
Argentina teria
feito muitos questionamentos, mas estaria
endossando a postura brasileira. Sem um forte consenso dentro do Mercosul, a saída foi usar termos menos específicos, relata a CNN.
Já uma fonte do Ministério das Relações Exteriores do Paraguai disse à agência britânica que os países do Mercosul parecem concordar com a resposta à UE, superando as tensões dentro do bloco sul-americano que atrasaram uma resposta conjunta.
No início do ano, o bloco europeu apresentou ao Mercosul uma carta paralela ao acordo que incluía exigências ambientais para resolver as reservas de muitos Estados-membros da UE.
O Brasil classificou os
acréscimos como "protecionistas", as punições (por meio de sanções ou suspensão do acordo) como "ameaças" e rejeitou as compras governamentais mais abertas previstas no acordo comercial proposto.
Diplomatas temem que o acordo, que representaria o maior acordo comercial alcançado pela UE em termos de população,
possa desmoronar se não for concluído até ao final do ano, uma vez que as negociações já duram 20 anos e a ratificação é esperada desde 2019.