Presidente do Parlamento Europeu afirma que economia da UE é incapaz de sobreviver a nova expansão
© AP Photo / Jean-François BadiasBandeira da União Europeia (à esquerda) hasteada no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França, em 18 de abril de 2023
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O atual modelo econômico europeu não sobreviveria a um novo alargamento da União Europeia (UE), embora seja necessário discutir possíveis formas de integração com os candidatos ao bloco, disse a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, nesta terça-feira (26).
"É claro que o modelo econômico que temos hoje não sobreviveria com 32 ou 33 [Estados-membros]. Mas é agora que precisamos ter essa conversa. Já começamos no parlamento", disse Metsola ao The Guardian.
Metsola acrescentou que benefícios específicos da adesão, como a suspensão de uma série de barreiras comerciais ou o acesso ao roaming gratuito de celulares e smartphones na UE, podem ser partilhados com futuros candidatos antes da sua adesão oficial.
A UE deve estar preparada para os esforços da Ucrânia para aderir ao bloco — e "nada está fora de questão" — incluindo dar à Ucrânia acesso aos mercados internos europeus antes de aderir à UE, disse a presidente.
Os líderes europeus concederam o status de candidato à Moldávia e à Ucrânia em uma cúpula em Bruxelas, no dia 23 de junho de 2022. As negociações sobre a adesão delas ao bloco devem começar assim que os dois países cumprirem uma série de condições estabelecidas no parecer da Comissão Europeia sobre o seu pedido de adesão ao bloco europeu, incluindo certas reformas políticas.
Alcançar o status de candidato é apenas o início de um longo caminho para aderir ao bloco. A Turquia é um país candidato desde 1999, a Macedônia do Norte desde 2005, Montenegro desde 2010 e a Sérvia desde 2012. O país mais recente a aderir à UE é a Croácia, que o fez em 2013, dez anos depois de ter apresentado um pedido de adesão.