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Senadores republicanos querem teto anual para ajuda americana à Ucrânia

© AP Photo / Eduardo MunozVladimir Zelensky, presidente da Ucrânia, durante visita aos Estados Unidos. EUA, 18 de setembro de 2023
Vladimir Zelensky, presidente da Ucrânia, durante visita aos Estados Unidos. EUA, 18 de setembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 28.09.2023
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Diante de um cenário interno repleto de desafios, como a inflação nas alturas e a dívida pública que já ultrapassa US$ 33 trilhões (R$ 166,1 trilhões), os senadores republicanos começam a defender um teto para a ajuda anual à Ucrânia. O objetivo do pacote é financiar o país em conflito até a eleição presidencial americana, em novembro de 2024.
Além disso, a medida evita a necessidade de repetidas votações no Congresso para aprovar ajuda financeira ao regime de Vladimir Zelensky. Inclusive esse é um dos motivos que têm travado a apreciação do projeto que permite ao governo federal elevar os gastos previstos para o ano fiscal, diante da queda da arrecadação, que só em agosto foi 4,1% menor, e do aumento de despesas. Sem a aprovação, até 1º de outubro, as atividades cotidianas da administração de Joe Biden podem ficar paralisadas, inclusive o pagamento de salários aos funcionários federais.
O pacote custaria aos cofres públicos entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões no período (de R$ 302 bilhões a R$ 402 bilhões), em votação única no próximo mês, conforme relatado pelo Punchbowl News. Só em agosto, Biden solicitou ao Congresso americano a liberação de mais US$ 13 bilhões (R$ 65,4 bilhões) em ajuda à Ucrânia. Porém, enquanto o presidente americano fala em financiamento pelo "tempo que for necessário", autoridades americanas já alertam Kiev de que há limite para a paciência da população do país e dos parlamentares.
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Uma votação a cada três meses

Um relatório do presidente do Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara dos EUA, Michael McCaul, apontou que os parlamentares americanos têm votado financiamentos ao conflito ucraniano a cada três meses.
Com o teto, também há possibilidade de romper o impasse atual entre a Câmara dos Representantes, de maioria republicana, e o Senado, que é de maioria democrata, com relação ao financiamento provisório para evitar a paralisação do governo dos EUA — isso ainda retira as discussões sobre a Ucrânia da mesa.

'Cansaço' com o conflito

Ao contrário de outras situações em que esteve nos Estados Unidos, o presidente Vladimir Zelensky não foi recebido com tanta pompa em sua última ida ao Congresso, sob a justificativa, por parte dos parlamentares, de que "simplesmente não tinham tempo". Pesquisas também apontam um "cansaço" do público norte-americano com o conflito, que já dura 18 meses e consumiu bilhões de dólares dos cofres públicos.
O presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, ainda negou o pedido de Zelensky para discursar em uma reunião conjunta do Congresso.
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