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Mídia: líder do Exército atua para esfriar CPI e acordão para blindar militares 'finaliza' comissão

© Foto / Marcos Oliveira /Agência SenadoComissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Atos de 8 de Janeiro de 2023 deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA); relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA)
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Atos de 8 de Janeiro de 2023 deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA);
relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA) - Sputnik Brasil, 1920, 04.10.2023
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A CPI dos Atos Antidemocráticos, também conhecida como CPI do 8 de Janeiro, terminará antes do previsto e de forma bem apagada, sem o destaque que teve a CPI da Covid de 2021 além da interferência de militares.
Os parlamentares anteciparam o fim dos trabalhos e a CPI vai terminar um mês antes do prazo, esvaziada pela oposição e pelo governo. O "timing" para os trabalhos foi também bem diferente do usado na comissão sobre a COVID-19, que teve até extensão de seu tempo.

"Na próxima semana, não haverá mais nada", informou o presidente Arthur Maia (União Brasil) acrescentando que descarta novas votações até a leitura do relatório, prevista para o dia 17 deste mês.

Um dos depoimentos mais esperados, o do ex-ministro da Defesa, Braga Netto, foi desmarcado através de um "acordão". O pacto teria partido das duas partes: os bolsonaristas queriam blindar o general e os lulistas não estavam interessados em novos atritos com a caserna, segundo a coluna de Bernardo Mello Franco em O Globo.
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Ao mesmo tempo, o comandante do Exército, general Tomás Paiva, atuou pessoalmente para esfriar a CPI. Ele procurou parlamentares e alegou que era preciso preservar a imagem das Forças Armadas, escreve a mídia.
"É impossível entender a tentativa de golpe sem apurar a participação de militares, mas o discurso convenceu quem já estava convencido a blindar a farda", diz o colunista.
A mídia recorda que, em agosto, Eliziane Gama (PSD) – relatora da CPI – afirmou que "a instituição Forças Armadas impediu um golpe no país". Apesar de ter dito posteriormente que se expressado mal, a declaração expôs a estratégia do governo: culpar o capitão e inocentar os generais.
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No caso, o capitão, seria o ex-presidente Jair Bolsonaro, mas apesar disso, o Palácio do Planalto "não moveu uma palha para convocá-lo", ressalta Mello Franco.

"Bolsonaro está inelegível. Tudo o que ele quer é ficar em evidência", justificou o deputado Rubens Pereira Júnior. A leitura do parlamentar faz sentido, mas é raro ver uma CPI abrir mão de ouvir seu principal alvo.

Ainda segundo a mídia, um senador próximo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva admite que a ordem era jogar pelo empate. Ele sustenta que a investigação que importa é a da Polícia Federal, e por essa lógica, ficar no 0 a 0 na CPI seria um bom resultado para o governo.
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