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Em telefonema, Turquia pede que EUA parem de trabalhar com curdos em meio a ataques aéreos na Síria

© AFP 2023 / Delil SouleimanOndas de fumaça da instalação petrolífera de Babasi, na zona rural de al-Qahtaniya, na província de Hasakeh, no nordeste da Síria, controlada pelos curdos, em 6 de outubro de 2023, após um ataque turco
Ondas de fumaça da instalação petrolífera de Babasi, na zona rural de al-Qahtaniya, na província de Hasakeh, no nordeste da Síria, controlada pelos curdos, em 6 de outubro de 2023, após um ataque turco - Sputnik Brasil, 1920, 06.10.2023
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Nesta sexta-feira (6), Ancara pediu que os Estados Unidos parem de trabalhar com militantes curdos das Unidades de Proteção Popular (YPG) na Síria, prometendo manter suas ofensivas transfronteiriças contra os aliados curdos norte-americanos na região depois que os EUA abateram um drone turco na região.
O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, disse ao secretário de Estado estadunidense, Antony Blinken, "com expressões fortes que os EUA, como aliado, deveriam parar de trabalhar com a organização terrorista YPG no norte da Síria", de acordo com uma declaração lida do Ministério das Relações Exteriores da Turquia citada pela Bloomberg.
A Turquia vem conduzindo ataques aéreos retaliatórios contra militantes do YPG no norte da Síria, e ontem (5), um caça F-16 norte-americano abateu um drone turco que voou até meio quilômetro das forças dos EUA na Síria, um raro exemplo de dois aliados da OTAN entrando em conflito, o que levou a lira a enfraquecer, relata a mídia.
"As operações antiterroristas da Turquia no Iraque e na Síria continuarão com determinação", disse Fidan durante a ligação com Blinken.
As duas autoridades concordaram que um mecanismo de desescalada existente entre as forças turcas e dos EUA no Iraque e na Síria deveria ser eficazmente operado "de uma forma que não prejudicasse" a luta da Turquia contra o terrorismo.
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Washington, por sua vez, alertou a Turquia contra ataques aéreos unilaterais que poderiam ameaçar o pessoal americano. Antes de derrubar o drone ontem, os EUA emitiram vários alertas para avisar aos militares turcos que estavam operando perto das forças terrestres norte-americanas.
Hoje (6), o Ministério das Relações Exteriores turco reconheceu que o drone armado pertencia à Turquia. Numa declaração por escrito, afirmou que o drone "foi perdido devido a diferenças nas avaliações técnicas [...] com terceiros".
"As operações aéreas visavam eliminar a ameaça terrorista que emana do norte da Síria", disse a pasta citada pela mídia.
O secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, lamentou o ocorrido e apelou à redução da escalada num telefonema com o seu homólogo turco, Hulusi Akar, ao mesmo tempo que reconheceu as "preocupações legítimas de segurança" da Turquia, afirmou o Pentágono em um comunicado.
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Os laços entre os dois aliados da OTAN ficaram recentemente mais tensos, com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, a atrasar a entrada da Suécia na OTAN. Fidan e Blinken também discutiram a proposta de adesão da Suécia, disse a leitura turca sem dar mais detalhes.
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