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Conflito na Faixa de Gaza: presidente agradece apoio russo aos direitos do povo palestino

© AP Photo / Richard DrewPresidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, discursa na 78ª Assembleia Geral da ONU sobre a necessidade da solução de dois Estados, em 21 de setembro de 2023
Presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, discursa na 78ª Assembleia Geral da ONU sobre a necessidade da solução de dois Estados, em 21 de setembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 16.10.2023
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Enquanto os bombardeios contra a Faixa de Gaza estão cada vez mais intensos, com deslocamento em massa da população para a porção sul do território, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, agradeceu o apoio da Rússia aos direitos do seu povo. Conforme a ONU, 320 mil pessoas já ficaram desabrigadas por conta do conflito entre Israel e o Hamas.
Segundo informado pela agência de notícias palestina WAFA, Abbas "apreciou a postura da Rússia em apoio aos direitos de nosso povo palestino e de uma paz integral e justa no Oriente Médio com base em resoluções de legitimidade internacional".
A Rússia defende que negociações sejam realizadas em busca de um cessar-fogo para o conflito, que já deixou mais de 4 mil pessoas mortas e outras 13 mil feridas, conforme autoridades médicas palestinas e israelenses.
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"O Presidente reiterou a necessidade de parar os ataques que atingem os civis palestinos e criar corredores seguros para a entrada de suprimentos médicos e alimentares, bem como fornecer água e eletricidade ao povo de Gaza. Sublinhou a necessidade de evitar tentativas de deslocar os palestinianos da Faixa de Gaza, afirmando que esse ato é considerado uma segunda catástrofe para o povo palestiniano, semelhante à de 1948 [ano em que Israel declarou sua independência]", acrescenta o comunicado.

O país também tem participado ativamente dos esforços para a negociação da entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, que conta com mais de 2,3 milhões de habitantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertou nesta segunda-feira (16) que os estoques de água e combustível vão se esgotar em 24 horas caso nada seja feito.
Desde a semana passada os bloqueios israelenses impedem a chegada de suprimentos de necessidades básicas, inclusive alimentos e remédios. A situação está próxima de uma catástrofe humanitária, alerta a agência.
Também nesta segunda-feira, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, expressou preocupação com a escalada do conflito em conversas com líderes de Egito, Síria, Irã e também da Palestina. Além disso, o líder russo confirmou a prontidão do país para coordenar, com todos os parceiros construtivos, o fim dos combates, informou o serviço de imprensa do Kremlin.

Ações do Hamas não representam o povo palestino

O presidente da Autoridade Palestina também alegou que as ações do Hamas, grupo responsável pelo ataque-surpresa que levou Israel a declarar guerra, "não representam o povo palestino". A afirmação foi feita durante conversa por telefone com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Além disso, Mahmoud Abbas lembrou que a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) é a única representante legítima dos interesses palestinianos.
O Hamas tem grande atuação na Faixa de Gaza, território onde se concentra o conflito com Israel. O país inclusive já convocou mais de 360 mil reservistas e se prepara para um ataque terrestre.
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Apesar de a ideia de um Estado palestino ter sido aprovada na Assembleia Geral das Nações Unidas, em novembro de 1947, o povo da Palestina ainda não tem um território oficial — a maior parte da população vive em Gaza ou na Cisjordânia, que é controlada por Israel.
Em 14 de maio de 1948, Israel declarou sua independência. Imediatamente depois, Egito, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque começaram uma guerra contra o Estado recém-formado.
Em 29 de novembro de 2012, a Palestina recebeu o status de Estado observador na ONU, evento que é amplamente considerado o reconhecimento de fato do Estado palestino pela comunidade internacional.
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