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Pró-palestina: manifestantes ocupam praça no Egito antes de cúpula que deve reunir quase 20 países
Pró-palestina: manifestantes ocupam praça no Egito antes de cúpula que deve reunir quase 20 países
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Perto de receber uma cúpula em que vão estar presidentes e representantes de quase 20 países para discutir o conflito entre Israel e Hamas, o Egito registra... 20.10.2023, Sputnik Brasil
2023-10-20T15:04-0300
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O local foi o epicentro da revolta de 2011, conhecida como Primavera Árabe, quando foi derrubado o governo do ditador Hosni Mubarak. Também há protestos em outras partes do país contrários aos fortes bombardeios contra a Faixa de Gaza.Mais de 5,5 mil pessoas já morreram por conta do conflito, segundo autoridades israelenses e palestinas. Os ataques ao território, que reúne quase 2,3 milhões de habitantes, já dura 14 dias.O apoio do mundo árabe aos palestinos se intensificou ainda mais após um ataque na terça (17) atingir um hospital em Gaza e deixar cerca de 500 mortos. Enquanto o Hamas acusa Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu garantiu que um braço do movimento foi responsável pelo bombardeio.Considerados ilegais no Egito, os protestos públicos foram autorizados por Abdel Fattah al-Sisi que, durante a visita do chanceler alemão Olaf Scholz, na quarta-feira (18), disse que poderia "apelar ao povo egípcio para manifestar a sua rejeição" às ações de Israel contra o povo de Gaza. Além disso, o diplomata veria "milhões de egípcios" nas ruas.Para analistas, o presidente do país busca aproveitar a onda de raiva que move a população, por conta da intensidade dos ataques de Israel. País que faz fronteira com a Faixa de Gaza, o Egito é o mais populoso do mundo árabe, com quase 110 milhões de habitantes.Ainda chegou a ser publicada uma lista de praças e outros locais públicos onde os protestos poderiam ser realizados. Porém, a Praça Tahrir não estava incluída. "Não estamos aqui para dar um novo mandato a ninguém. É uma demonstração genuína", gritava a multidão. O Egito tem eleições marcadas para dezembro.Cúpula da Paz em CairoNo sábado (21), há expectativa para a realização da Cúpula da Paz em Cairo com presidentes e representantes de vários países para discutir o conflito, um dos mais intensos do mundo nas últimas décadas. O secretário-geral da ONU, António Guterres, já está no país e pressiona por uma saída para a crise humanitária que afeta a Faixa de Gaza, cujo estoque de alimentos pode acabar em menos de duas semanas.O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, também deve participar do encontro, que vai reunir ministros, reis, presidentes e autoridades da União Europeia, Jordânia, Bahrein, Kuwait, Itália, Espanha, Brasil, Grécia, Chipre, África do Sul, Alemanha, França, Japão, Reino Unido e Noruega.Assembleia Geral da ONUNa sequência, uma sessão emergencial da Assembleia Geral da ONU foi convocada para a próxima segunda-feira (23) — a entidade reúne 193 países-membros. Além de discutir a escalada do conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, o encontro vai falar sobre o veto dos Estados Unidos à resolução brasileira no Conselho de Segurança, que previa a criação de um corredor humanitário no território e, também, um cessar-fogo.Desde o início do conflito, Gaza sofre um duro bloqueio por terra, ar e mar por parte de Israel, o que impede a chegada de alimentos e até água. A energia elétrica também foi cortada. A única fronteira que não é controlada pelos israelenses, no Egito, sofre com bombardeios e segue fechada por conta da guerra. Segundo o Programa Alimentar Mundial (PAM), das Nações Unidas, mais de três mil toneladas de insumos básicos aguardam para entrar no território.
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Pró-palestina: manifestantes ocupam praça no Egito antes de cúpula que deve reunir quase 20 países
15:04 20.10.2023 (atualizado: 17:01 20.10.2023) Perto de receber uma cúpula em que vão estar presidentes e representantes de quase 20 países para discutir o conflito entre Israel e Hamas, o Egito registra grandes protestos nesta sexta-feira (20) a favor dos palestinos. Segundo a mídia local, os manifestantes lotaram a Praça Tahrir, no centro de Cairo.
O local foi o epicentro da revolta de 2011, conhecida como Primavera Árabe, quando foi derrubado o governo do ditador Hosni Mubarak. Também há protestos em outras partes do país contrários aos fortes bombardeios contra a Faixa de Gaza.
Mais de
5,5 mil pessoas já morreram por conta do conflito, segundo autoridades israelenses e palestinas.
Os ataques ao território, que reúne quase 2,3 milhões de habitantes, já dura 14 dias.
O
apoio do mundo árabe aos palestinos se intensificou ainda mais após um ataque na terça (17) atingir um hospital em Gaza e deixar cerca de 500 mortos. Enquanto o Hamas acusa Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu garantiu que um braço do movimento foi responsável pelo bombardeio.
Considerados ilegais no Egito,
os protestos públicos foram autorizados por Abdel Fattah al-Sisi que, durante a visita do chanceler alemão Olaf Scholz, na quarta-feira (18), disse que poderia "apelar ao povo egípcio para
manifestar a sua rejeição" às ações de Israel contra o povo de Gaza. Além disso, o diplomata veria "milhões de egípcios" nas ruas.
Para analistas, o presidente do país busca aproveitar a
onda de raiva que move a população, por conta da intensidade dos ataques de Israel. País que faz fronteira com a Faixa de Gaza, o Egito é o mais populoso do mundo árabe,
com quase 110 milhões de habitantes.
"Há um desejo de controlar a raiva pública", afirmou à AFP Mustapha Kamel al-Sayyid, professor de política da Universidade do Cairo.
20 de outubro 2023, 12:49
Ainda chegou a ser publicada uma lista de praças e outros locais públicos onde os protestos poderiam ser realizados. Porém, a Praça Tahrir não estava incluída. "Não estamos aqui para dar um novo mandato a ninguém. É uma demonstração genuína", gritava a multidão. O Egito tem eleições marcadas para dezembro.
No sábado (21), há expectativa para a realização da Cúpula da Paz em Cairo com presidentes e representantes de vários países para discutir o conflito, um dos mais intensos do mundo nas últimas décadas. O secretário-geral da ONU, António Guterres, já está no país e pressiona por uma saída para a crise humanitária que afeta a Faixa de Gaza, cujo estoque de alimentos pode acabar em menos de duas semanas.
O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, também deve participar do encontro, que vai reunir ministros, reis, presidentes e autoridades da União Europeia, Jordânia, Bahrein, Kuwait, Itália, Espanha, Brasil, Grécia, Chipre, África do Sul, Alemanha, França, Japão, Reino Unido e Noruega.
20 de outubro 2023, 13:48
Na sequência,
uma sessão emergencial da Assembleia Geral da ONU foi convocada para a próxima segunda-feira (23) —
a entidade reúne 193 países-membros. Além de discutir a escalada do conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, o encontro vai falar sobre o veto dos Estados Unidos à resolução brasileira no Conselho de Segurança, que previa a criação de um corredor humanitário no território e, também, um cessar-fogo.
Desde o início do conflito, Gaza sofre um duro bloqueio por terra, ar e mar por parte de Israel, o que impede a chegada de alimentos e até água. A energia elétrica também foi cortada. A única fronteira que não é controlada pelos israelenses, no Egito, sofre com bombardeios e segue fechada por conta da guerra. Segundo o Programa Alimentar Mundial (PAM), das Nações Unidas, mais de três mil toneladas de insumos básicos aguardam para entrar no território.