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Lula quer Forças Armadas em aeroportos e portos do Rio, mas descarta intervenção: 'Não deu em nada'

© AFP 2023 / Evaristo SaO presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (E), fala com seu ministro da Justiça, Flávio Dino, em Brasília, no dia 27 de setembro de 2023
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (E), fala com seu ministro da Justiça, Flávio Dino, em Brasília, no dia 27 de setembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 24.10.2023
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Ontem (23), a cidade do Rio de Janeiro viveu o caos com pelo menos 35 ônibus, dois carros de passeio, caminhões e um trem sendo queimados por milicianos na zona oeste da cidade. Lula quer atuação das Forças Armadas, mas sem intervenção federal.
Os ataques que aconteceram durante a tarde de segunda-feira (23) foram uma resposta à morte de Mateus Resende, sobrinho do miliciano Zinho, chefe da milícia na região, e filho do miliciano Ecko, assassinado em 2021. Os 35 ônibus queimados foram um recorde de tal ação na cidade e geraram um prejuízo de R$ 37 milhões.
Nesta manhã (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que vai conversar com o ministro da Defesa, José Múcio, para intensificar a atuação da Aeronáutica e da Marinha em portos e aeroportos cariocas para combater o crime organizado.

"Já conversei com o governador [Cláudio] Castro, do Rio de Janeiro. Ontem [23], eu conversei com o Flávio Dino, hoje [24] vou conversar com o ministro da Defesa, na perspectiva de fazer com que a aeronáutica possa ter uma intervenção maior nos aeroportos do Rio de Janeiro, que a Marinha possa ter uma intervenção maior nos portos, para ver se a gente consegue combater mais o crime organizado, o narcotráfico, o tráfico de armas, ou seja, vamos ter que agir um pouco mais", afirmou Lula segundo a Folha de São Pualo.

No entanto, o presidente destacou que não planeja fazer uma intervenção federal ou qualquer operação mais ambiciosa que possa tirar a "autoridade" do governador do Rio, Cláudio Castro.

"Não queremos pirotecnia. Não queremos fazer uma intervenção como já foi feito e não deu em nada. Não queremos tirar a autoridade do governador do Rio", disse.

O petista ainda relembrou uma ideia antiga que tinha de criar o Ministério da Segurança Pública e não descartou levar a pasta adiante.
"Eu, quando fiz a campanha, eu ia criar o Ministério da Segurança Pública, ainda estou pensando em criar, pensando quais são as condições que você vai criar, como é que vai interagir com a questão de segurança do estado, porque o problema da segurança é estadual."
De acordo com a mídia, Cláudio Castro pediu a Lula o envio das Forças Armadas para o estado e o Ministério da Defesa acredita que será possível atender ao pedido do governador para o emprego pontual das forças no combate ao tráfico de drogas.
A Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal (PRF) já atuam patrulhando rodovias do estado desde hoje (24). Castro se reuniu ontem (23) com o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli para discutir as ações tomadas por forças federais.
Ainda segundo a mídia, o governador tenta dar uma resposta à crescente onda de violência registrada no Rio nas últimas semanas.
Queima de ônibus no Rio - Sputnik Brasil, 1920, 23.10.2023
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Morte de sobrinho de miliciano causa queima de mais de 30 ônibus no Rio de Janeiro (VÍDEOS)
Na visão do governador, os ataques na capital carioca foram uma reação desproporcional da milícia e demonstram que as forças de segurança do estado estão no caminho certo.
"Essa reação demonstra um desespero e esse desespero também é porque nós estamos no caminho certo da prisão dessas lideranças", afirmou Castro durante fala à imprensa hoje (24) segundo a CNN.
O governador acredita que a polícia carioca esteve muito próxima de prender Zinho, que desde 2021 é o líder do principal grupo miliciano que atua no Rio. Os ataques de segunda-feira (23) foram praticados por um grupo de milicianos em represália à morte de Matheus da Silva Resende, de 24 anos, vice-líder da quadrilha.
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