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EUA precisam de caos constante no Oriente Médio, diz Putin
EUA precisam de caos constante no Oriente Médio, diz Putin
Sputnik Brasil
Washington e aliados usam a situação no Oriente Médio em benefício próprio, para alcançar seus objetivos, afirma o presidente da Rússia. 30.10.2023, Sputnik Brasil
2023-10-30T16:04-0300
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O líder russo, Vladimir Putin, disse nesta segunda-feira (30) que os Estados Unidos e seus aliados ocidentais estão usando a situação atual no Oriente Médio para dividir a comunidade internacional e alcançar seus próprios objetivos.A declaração foi dada em uma reunião com membros do Serviço Federal de Segurança (FSB, na sigla em russo), feita por videoconferência, para discutir os recentes acontecimentos no aeroporto da cidade de Makhachkala, no sudoeste da Rússia.No último domingo (29), manifestantes invadiram o aeroporto, que atende a capital da república do Daguestão, de maioria muçulmana, paralisando as operações. A manifestação ocorreu simultaneamente a outros atos pró-Palestina realizados ao redor do mundo.Putin acrescentou que a atuação da Rússia para resolver questões globais e regionais, incluindo as do Oriente Médio, desagradou aos Estados Unidos, que acreditam em sua exclusividade hegemônica. Ele ressaltou que Moscou nunca teve interesse próprio ou duplo interesse na questão palestina."Em nossas abordagens à situação no Oriente Médio, ao contrário do Ocidente, nunca houve ma-fé, intriga ou fundo falso. Declaramos reiterada e abertamente a nossa posição, que permanece inalterada de um ano para outro. A criação de um Estado palestino soberano, independente, um Estado palestino de pleno direito é a chave para resolução do conflito", disse Putin.O presidente russo afirmou que Moscou está no campo de batalha lutando pelo futuro e pelos princípios de uma ordem mundial mais justa.Putin destacou que para solucionar o conflito entre Israel e Hamas será necessário pragmatismo."Quando você olha para crianças ensanguentadas, crianças mortas, mulheres e idosos sofrendo, médicos morrendo, é claro que seus punhos cerram e lágrimas brotam de seus olhos. Não dá para colocar de outra maneira. Mas não deveríamos, não temos o direito e não podemos nos permitir ser guiados pelas emoções", disse o presidente russo.Ele acrescentou que é necessário "compreender claramente quem está realmente por trás da tragédia dos povos do Oriente Médio e de outras regiões do mundo, quem está organizando o caos mortal e quem se beneficia dele".Putin também criticou o governo israelense por recorrer ao princípio da responsabilidade coletiva pelos ataques do Hamas, vingando-se dos atos do dia 7 de outubro com ataques indiscriminados à população palestina."Centenas de milhares de pessoas inocentes estão sendo mortas indiscriminadamente [na Faixa de Gaza] porque simplesmente não têm para onde correr, onde se esconder dos bombardeios", acrescentou o presidente russo.Em 7 de outubro, o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel. Em resposta, as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram uma ofensiva contra a Faixa de Gaza, que incluiu bombardeios seguidos de ataques terrestres, na semana passada. Israel também impôs um bloqueio total ao enclave, impedindo o fornecimento de água, alimentos, medicamentos e combustível para gerar eletricidade.O conflito na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, já deixou 18 mil pessoas feridas e causou a morte de pelo menos 8 mil pessoas, metade das quais crianças. Segundo o governo israelense, a meta da operação das FDI é destruir o Hamas e recuperar cerca de 200 reféns que são mantidos em cativeiro pelo grupo no enclave.
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EUA precisam de caos constante no Oriente Médio, diz Putin
16:04 30.10.2023 (atualizado: 18:45 30.10.2023) Washington e aliados usam a situação no Oriente Médio em benefício próprio, para alcançar seus objetivos, afirma o presidente da Rússia.
O líder russo, Vladimir Putin, disse nesta segunda-feira (30) que os Estados Unidos e seus aliados ocidentais estão usando a
situação atual no Oriente Médio para
dividir a comunidade internacional e alcançar seus próprios objetivos.
A declaração foi dada em uma reunião com membros do Serviço Federal de Segurança (FSB, na sigla em russo), feita por videoconferência, para discutir os recentes acontecimentos no aeroporto da cidade de Makhachkala, no sudoeste da Rússia.
No último domingo (29), manifestantes invadiram o aeroporto, que atende a capital da república do Daguestão, de maioria muçulmana, paralisando as operações. A manifestação ocorreu simultaneamente a outros atos pró-Palestina realizados ao redor do mundo.
"Eles [EUA e aliados] não precisam de uma paz duradoura na Terra Santa. Precisam de um caos constante no Oriente Médio, por isso fazem o seu melhor para desacreditar os países que insistem em um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, em parar o derramamento de sangue e que estão dispostos a contribuir para a resolução da crise. Até a ONU, a posição claramente expressa da comunidade mundial, está sujeita a ataques, perseguições reais e tentativas de desacreditá-la", disse Putin na reunião.
Putin acrescentou que a atuação da Rússia para resolver questões globais e regionais, incluindo as do Oriente Médio, desagradou aos Estados Unidos, que acreditam em sua exclusividade hegemônica. Ele ressaltou que Moscou nunca teve interesse próprio ou duplo interesse na questão palestina.
"Em nossas abordagens à situação no Oriente Médio, ao contrário do Ocidente, nunca houve ma-fé, intriga ou fundo falso. Declaramos reiterada e abertamente a nossa posição, que permanece inalterada de um ano para outro. A criação de um Estado palestino soberano, independente, um Estado palestino de pleno direito é a chave para resolução do conflito", disse Putin.
O presidente russo afirmou que Moscou está no campo de batalha lutando pelo futuro e pelos princípios de uma ordem mundial mais justa.
30 de outubro 2023, 11:27
"Hoje a Rússia não está apenas participando ativamente da formação de um mundo novo, mais justo e multipolar, com direitos e oportunidades iguais para todos os países e civilizações. Não somos apenas um dos líderes desse processo histórico objetivo. Direi mais, e isso é do conhecimento de todos: a Rússia luta no campo de batalha pelo nosso futuro, pelos princípios de uma ordem mundial justa, pela liberdade dos países e dos povos."
Putin destacou que para solucionar o
conflito entre Israel e Hamas será necessário pragmatismo.
"Quando você olha para crianças ensanguentadas, crianças mortas, mulheres e idosos sofrendo, médicos morrendo, é claro que seus punhos cerram e lágrimas brotam de seus olhos. Não dá para colocar de outra maneira. Mas não deveríamos, não temos o direito e não podemos nos permitir ser guiados pelas emoções", disse o presidente russo.
Ele acrescentou que é necessário "compreender claramente quem está realmente por trás da tragédia dos povos do Oriente Médio e de outras regiões do mundo, quem está organizando o caos mortal e quem se beneficia dele".
Putin também criticou o
governo israelense por recorrer ao princípio da responsabilidade coletiva pelos ataques do Hamas,
vingando-se dos atos do dia 7 de outubro com ataques indiscriminados à população palestina.
"Lembramos que a atual rodada da crise no Oriente Médio começou com um ataque terrorista contra civis de Israel e de outros países no território israelense. Observamos também que, em vez de punir criminosos e terroristas, eles [o Exército israelense], infelizmente, começaram a se vingar sob o princípio da responsabilidade coletiva", disse Putin.
"Centenas de milhares de pessoas inocentes estão sendo mortas indiscriminadamente [na Faixa de Gaza] porque simplesmente não têm para onde correr, onde se esconder dos bombardeios", acrescentou o presidente russo.
Em 7 de outubro, o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel. Em resposta, as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram uma ofensiva contra a Faixa de Gaza, que incluiu bombardeios seguidos de ataques terrestres, na semana passada. Israel também impôs um bloqueio total ao enclave, impedindo o fornecimento de água, alimentos, medicamentos e combustível para gerar eletricidade.
O conflito na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, já deixou 18 mil pessoas feridas e causou a morte de pelo menos 8 mil pessoas, metade das quais crianças. Segundo o governo israelense, a meta da operação das FDI é destruir o Hamas e recuperar cerca de 200 reféns que são mantidos em cativeiro pelo grupo no enclave.