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Enquanto fazem GLO no RJ e SP, Forças Armadas escondem da PF dados de voos ilegais na Amazônia

© Foto / Alberto César Araújo / Amazônia RealVista aérea do início do trecho da rodovia AM 366, ao lado do aeroporto de Tapauá. Amazonas, 3 de junho de 2023
Vista aérea do início do trecho da rodovia AM 366, ao lado do aeroporto de Tapauá. Amazonas, 3 de junho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 16.11.2023
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A Força Aérea Brasileira (FAB) possui um banco de dados de voos ilegais que cruzam a fronteira na região da Amazônia. Esses dados, que poderiam ajudar a combater a criminalidade na região, não são compartilhados com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF).
Segundo fontes ouvidas pelo UOL, agentes da PF e da Procuradoria relataram ainda que a Aeronáutica vem ignorando o pedido de compartilhamento de dados sobre voos ilegais nos últimos meses. Esse fato marca mais um episódio nas tensões recentes entre a PF e as Forças Armadas.
Um dos motivos desse descompasso, afirmou um pedido de acesso à informação, é que nem todo voo ilegal na fronteira é sinônimo de crime para a FAB.
Já os órgãos de policiamento são unânimes em afirmar que constituem atividade criminosa.
Isso porque, segundo os investigadores, uma decolagem sem plano de voo, ou plano de voo irregular, que cruza a fronteira tem como objetivo realizar atos criminosos, como tráfico internacional de drogas, tráfico de animais, lavagem de dinheiro e garimpo ilegal.
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Autoridades desconheciam banco de dados da Aeronáutica

A existência do banco de dados da FAB de voos ilegais na região da Amazônia foi revelada à Controladoria-Geral da União (CGU) após pedidos de informação do UOL.
Autoridades da lei, como o procurador da República Alexandre Aparizi e o diretor de Amazônia da PF Humberto Freire, ficaram surpresos com a existência desses dados. Ainda mais porque agentes do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) devem "compartilhar dados, informações e conhecimentos" entre si, conforme o Decreto nº 11.639 deste ano.
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