Casa Branca vai mudar abordagem política sobre conflito Israel-Palestina, revela memorando
12:48 19.11.2023 (atualizado: 13:56 19.11.2023)
© AP Photo / Tsafrir AbayovSoldados israelenses gesticulam para um veículo em Tapuah Junction, ao lado de um pôster de campanha para o ex-primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, perto da cidade de Nablus, na Cisjordânia, 16 de outubro de 2022
© AP Photo / Tsafrir Abayov
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O agravamento do conflito Israel-Hamas tem provocado tensões crescentes na conturbada área da Cisjordânia. Os confrontos entre palestinos locais e colonos israelenses atingiram os níveis mais altos em meio ao agravamento da crise em Gaza.
O presidente dos EUA, Joe Biden, ordenou aos conselheiros seniores que elaborassem uma diretiva explorando diferentes opções de medidas legais contra colonos israelenses "extremistas" na Cisjordânia.
O Politico obteve um trecho do memorando oficial da Casa Branca sobre os incidentes israelo-palestinos nesta parte da Palestina.
"O presidente Joe Biden instruiu altos funcionários a prepararem proibições de vistos e sanções para colonos israelenses extremistas que atacam e deslocam palestinos na Cisjordânia", indica a matéria.
O memorando do gabinete foi distribuído entre altos funcionários da Casa Branca, incluindo o secretário de Estado Antony Blinken e a secretária do Tesouro, Janet Yellen. O documento instrui os seus gabinetes a desenvolverem opções políticas para a tomada rápida de medidas contra os causadores de violência dirigida aos habitantes locais da Cisjordânia.
A formulação utilizada pelo presidente norte-americano em seu artigo de opinião no The Washington Post sugere que ele reconhece a grave ameaça representada pela violência em curso. A decisão de Biden de tomar medidas legais sobre o assunto ocorreu após a sua reunião sobre a situação de Gaza com o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, e o deputado Jon Finer.
O presidente Biden expressou o seu compromisso de emitir "proibições de vistos contra extremistas que atacam civis na Cisjordânia".
A deterioração da situação na Cisjordânia é resultado direto da escalada Israel-Hamas. A Cisjordânia e Jerusalém Oriental (ambas consideradas terras palestinas privadas) têm assistido a um aumento súbito de imigrantes israelenses que optam por residir e construir propriedades ali, por razões religiosas ou econômicas. O confronto entre os dois grupos se agravou desde os ataques de 7 de outubro.
Agora, enquanto a administração Biden enfrenta uma reação negativa sem precedentes por parte dos apoiantes pró-Palestina (muitos dos quais tradicionalmente votam nos democratas), a Casa Branca sente-se obrigada a alterar a sua política na região e a ter em consideração interesses mais amplos.