Ao dizer que EUA prejudicam Cuba com sanções, UE provoca: 'Sancionamos entidades, não o povo'
11:27 25.11.2023 (atualizado: 12:06 25.11.2023)
© AFP 2023 / Adalberto RoqueO Representante Especial da União Europeia para os Direitos Humanos, Eamon Gilmore (C), participa de reunião com representantes cubanos em Havana em 24 de novembro de 2023
© AFP 2023 / Adalberto Roque
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O representante especial da União Europeia para os Direitos Humanos, disse ontem (24) que as sanções dos Estados Unidos contra Cuba restringem drasticamente as transações financeiras, o turismo e o comércio, e têm impactos claros na economia e na sociedade cubanas.
O diplomata Eamon Gilmore afirmou que em diálogos bilaterais com altos funcionários cubanos em Havana, durante dois dias, foram abordados os direitos sociais e econômicos, mas também direitos civis e políticos.
"[As sanções] estão prejudicando a situação dos direitos humanos porque prejudica as pessoas no local. As pessoas afetadas são cidadãos cubanos comuns que têm dificuldade de acesso a alimentos e medicamentos. É por isso que a União Europeia, quando impõe sanções, visa as sanções contra indivíduos e entidades que abusam dos direitos humanos, e não contra as populações em geral", disse Gilmore a repórteres segundo a agência Reuters.
A visita do diplomata terminou com um diálogo formal na sexta-feira (24) junto a altos responsáveis cubano, e o encontro fez parte de uma estipulação de um acordo político de cooperação de 2016 entre o bloco europeu e a nação insular do Caribe.
No começo deste mês, os países-membros da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), igualaram o recorde de apoio a Havana ocorrido em 2019, quando 187 nações votaram pelo fim do embargo dos Estados Unidos a Cuba. Na sessão, Washington e Israel se opuseram enquanto a Ucrânia se absteve, conforme noticiado. O grupo tem no total 193 países-membros.