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Acordo Mercosul-UE: 'discussões construtivas' buscam finalizar questões pendentes, afirma comunicado

© Foto / Ricardo Stuckert / Palácio do PlanaltoPresidentes do Mercosul reunidos na abertura da 63ª Cúpula do bloco, no Rio de Janeiro. Brasil, 7 de dezembro de 2023
Presidentes do Mercosul reunidos na abertura da 63ª Cúpula do bloco, no Rio de Janeiro. Brasil, 7 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 07.12.2023
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A União Europeia (UE) e o Mercosul divulgaram nesta quinta-feira (7) um comunicado conjunto em que afirmam estarem engajados em "discussões construtivas" para finalizar as questões pendentes no âmbito do Acordo de Associação.
Ainda segundo o comunicado, houve avanços consideráveis nos últimos meses.

"As negociações prosseguem com a ambição de concluir o processo e alcançar um acordo que seja mutuamente benéfico para ambas as regiões e que atenda às demandas e aspirações das respectivas sociedades", diz o texto divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores.

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O acordo entre o Mercosul e a UE tenta estabelecer uma zona de livre comércio — que prevê isenções e reduções de impostos para estimular a competitividade comercial — entre seus 31 países-membros desde 1999, mas a fase de revisão dos termos segue esbarrando em diversos entraves, entre os quais questões ambientais e a resistência de alguns governos, como o francês.

"Ambas as partes esperam alcançar rapidamente um acordo que corresponda à natureza estratégica dos laços que as vinculam e à contribuição crucial que podem oferecer para enfrentar os desafios globais em áreas como o desenvolvimento sustentável, a redução das desigualdades e o multilateralismo", conclui a breve nota.

O comunicado foi divulgado no primeiro dia da 63ª Cúpula de chefes de Estado do Mercosul, iniciada ontem na Zona Portuária do Rio de Janeiro, quando o bloco sul-americano assinou o acordo de livre comércio com Cingapura e ratificou a adesão da Bolívia ao bloco.
Ao assumir o comando do Mercosul, em julho, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), declarou que esperava anunciar o acordo com o bloco europeu na Cúpula do Rio, mas as negociações sofreram revezes na última semana.
Da esquerda para a direita: o primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong; a primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina; a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni; o presidente dos EUA, Joe Biden; o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi; o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; o presidente da Argentina, Alberto Fernández; o primeiro-ministro de Maurício, Pravind Kumar Jugnauth; e o presidente dos Emirados Árabes Unidos, sheik Mohamed bin Zayed Al Nahyan. Os chefes de Estado e de governo participam do lançamento da Aliança Global para Biocombustíveis, na cúpula do G20 em Nova Deli, em 9 de setembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 07.12.2023
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Lula chegou a afirmar no início desta semana que, se não houver acordo por falta de consenso entre os blocos, "a culpa não é do Brasil".
As declarações foram feitas em reposta ao presidente da França, Emmanuel Macron, que anunciou no último sábado (2) que o "acordo é completamente contraditório" e que é contra o acordo de livre comércio entre a UE e o Mercosul, argumentando que "não é bom para nenhum dos lados".
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