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Analista: intimidação dos EUA contra Rússia para negociações de paz 'nos termos de Kiev' é desespero
Analista: intimidação dos EUA contra Rússia para negociações de paz 'nos termos de Kiev' é desespero
Sputnik Brasil
Alto funcionário dos EUA ameaçou transformar 2025 em sofrimento para a Rússia se Moscou não negociar com a Ucrânia "em termos acessíveis para Kiev"... 09.12.2023, Sputnik Brasil
2023-12-09T10:37-0300
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A Casa Branca tem mudado sua estratégia de ameaça contra Rússia para negociações com a Ucrânia, alertando que se o assunto não chegar à mesa em termos favoráveis a Kiev, o poder combinado do complexo industrial da OTAN fará com que Moscou pague caro.O vice-conselheiro sublinhou que se Moscou não "descer" para esta posição de negociação, "terá de sofrer no campo de batalha" à medida que Kiev se aproxima da "paridade" militar. No entanto, Finer não explicou a razão do "sofrimento" da Rússia ter de esperar até 2025, nem comentou onde o Ocidente e a Ucrânia encontrariam os recursos para fazer estas ameaças.A não explicação do "sofrer" russo é ainda mais questionada a partir do momento que Washington e Bruxelas já estão com pouco capital político para continuar a financiar o conflito, enquanto Kiev está ficando sem tropas para manejar até mesmo as armas já entregues.Moscou rejeitou as observações do vice-conselheiro sobre negociações aceitáveis para a Ucrânia em duas palavras para classificá-las: "Absolutamente irrealistas", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov em reação às declarações de Finer.Ao mesmo tempo Aleksandr Mikhailov – chefe do Bureau de Análise Político-Militar, um think tank russo – afirmou que as falas do vice-conselheiro e de outros membros do governo Biden devem ser ouvidas com "cautela", uma vez que o "tempo no cargo" dessas pessoas está "se esgotando".Mikhailov também acrescentou outro ingrediente ao futuro "fim de 2024" citado por Finer: "As eleições na Ucrânia também vão influenciar nesse resultado.""É difícil saber quem estará no comando de Kiev depois de março de 2024, porque nem Washington nem os líderes europeus apostaram na escolha de um novo líder ou em um segundo mandato para [Vladimir] Zelensky. [...] Se apoiarem Zelensky, isso indicará que o Ocidente, e principalmente Washington, continuará a fazer tudo o que puder para encher o teatro ucraniano de armas e raspar ainda mais o fundo do cano dos seus parceiros. Mas se virmos o Ocidente abandonando Zelensky e se movendo para propor um novo candidato [...] todo o caso ucraniano provavelmente será jogado no ralo, ou seja, congelado militarmente tanto quanto possível", analisou o especialista russo.Voltando às ameaças de Finer de forçar a Rússia a negociar ou enfrentar a OTAN, Mikhailov enfatizou que, à medida que os homens ucranianos em idade de lutar estão deixando país para evitar o recrutamento, não há quantidade de armas – sejam elas fornecidas exteriormente ou fabricados internamente – suficientes para garantir a superioridade de Kiev.Quanto às conversas em Washington e Bruxelas sobre o aumento do setor doméstico de armas da Ucrânia, "estes mantras são absolutamente sem sentido", disse Mikhailov.É por essa razão, acredita Mikhailov, que os Estados Unidos estão "investindo" em capacidades de produção militar entre os países do flanco oriental da OTAN e não na Ucrânia, sendo o objetivo futuro desestabilizar a situação ao longo das fronteiras ocidentais da Rússia e criar novas ameaças a Moscou através da Polônia, os Países Bálticos e a Romênia.
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Analista: intimidação dos EUA contra Rússia para negociações de paz 'nos termos de Kiev' é desespero
10:37 09.12.2023 (atualizado: 15:11 09.12.2023) Alto funcionário dos EUA ameaçou transformar 2025 em sofrimento para a Rússia se Moscou não negociar com a Ucrânia "em termos acessíveis para Kiev". Especialista político disse à Sputnik que a retórica vinda da Casa Branca cheira a desespero.
A Casa Branca tem mudado sua estratégia de ameaça contra Rússia para negociações com a Ucrânia, alertando que se o assunto não chegar à mesa em termos favoráveis a Kiev, o poder combinado do complexo industrial da OTAN fará com que Moscou pague caro.
"Penso que o lugar que gostaríamos de colocar os ucranianos no final do próximo ano é onde a Rússia será confrontada com uma decisão: ou terá de se sentar à mesa de negociações em termos que sejam aceitáveis para a Ucrânia […] ou enfrentarão uma Ucrânia mais forte, apoiada por uma base industrial de defesa mais forte nos Estados Unidos, na Europa e em Kiev, com mais capacidade para atacar", disse Jon Finer, vice-conselheiro de Segurança Nacional dos EUA em entrevista no Fórum de Segurança de Aspen na sexta-feira (8).
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vice-conselheiro sublinhou que se Moscou não "descer" para esta posição de negociação, "
terá de sofrer no campo de batalha" à medida que Kiev se aproxima da "paridade" militar. No entanto, Finer
não explicou a razão do "sofrimento" da Rússia ter de esperar até 2025, nem comentou onde o Ocidente e a Ucrânia encontrariam os recursos para fazer estas ameaças.
A não explicação do "sofrer" russo é ainda mais questionada a partir do momento que Washington e Bruxelas
já estão com pouco capital político para continuar a financiar o conflito, enquanto Kiev
está ficando sem tropas para manejar até mesmo as armas já entregues.
30 de novembro 2023, 13:45
Moscou rejeitou as observações do vice-conselheiro sobre negociações aceitáveis para a Ucrânia em duas palavras para classificá-las: "Absolutamente irrealistas", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov em reação às declarações de Finer.
Ao mesmo tempo Aleksandr Mikhailov – chefe do Bureau de Análise Político-Militar, um think tank russo – afirmou que as falas do vice-conselheiro e de outros membros do governo Biden devem ser ouvidas com "cautela", uma vez que o "tempo no cargo" dessas pessoas está "se esgotando".
"Acho que confiar objetivamente em quaisquer garantias, promessas e outras declarações de representantes da administração Biden quando dizem algo sobre o período após o outono [europeu] de 2024 é simplesmente insustentável", disse Mikhailov à Sputnik, apontando que pessoas como Finer, o secretário de Defesa Lloyd Austin e o secretário de Estado Antony Blinken provavelmente sairão dos cargo após as eleições norte-americanas.
Mikhailov também acrescentou outro ingrediente ao futuro "fim de 2024" citado por Finer: "As eleições na Ucrânia também vão influenciar nesse resultado."
27 de novembro 2023, 22:26
"É difícil saber quem estará no comando de
Kiev depois de março de 2024, porque nem Washington nem os líderes europeus apostaram na escolha de um novo líder ou em um segundo mandato para [Vladimir] Zelensky. [...] Se apoiarem Zelensky, isso indicará que o Ocidente, e principalmente Washington, continuará a fazer tudo o que puder para encher o teatro ucraniano de armas e raspar ainda mais o fundo do cano dos seus parceiros. Mas se virmos o Ocidente abandonando Zelensky e se movendo para propor um novo candidato [...] todo o caso ucraniano provavelmente será jogado no ralo, ou seja,
congelado militarmente tanto quanto possível", analisou o especialista russo.
Voltando às ameaças de Finer de forçar a Rússia a negociar ou enfrentar a OTAN, Mikhailov enfatizou que, à medida que os homens ucranianos em idade de lutar
estão deixando país para evitar o recrutamento, não há quantidade de armas – sejam elas fornecidas exteriormente ou fabricados internamente – suficientes para garantir a superioridade de Kiev.
Quanto às conversas em Washington e Bruxelas sobre o aumento do setor doméstico de armas da Ucrânia, "estes mantras são absolutamente sem sentido", disse Mikhailov.
"É impossível desenvolver qualquer produção militar na Ucrânia mais elevada como armas, aeronaves e sistema de defesa – exceto a montagem de drones ou algum equipamento – porque a Rússia tem como alvo instalações industriais relacionadas à indústria de defesa. Isso ataca-os [os ucranianos] metodicamente e, se o inimigo tentar restaurá-los, ataca novamente. E a Rússia tem toda uma gama de armamento aéreo e de mísseis para esse fim", analisou.
É por essa razão, acredita Mikhailov, que os Estados Unidos estão "investindo" em capacidades de produção militar entre os países do flanco oriental da OTAN e não na Ucrânia, sendo o objetivo futuro desestabilizar a situação ao longo das fronteiras ocidentais da Rússia e criar novas ameaças a Moscou através da Polônia, os Países Bálticos e a Romênia.