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Marco temporal: indígenas acionam STF para suspender lei aprovada no Congresso

© Foto / Lula Marques / Agência BrasilVotação do marco temporal na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), em 30 de maio de 2023. Em destaque, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara (de cocar e Constituição na mão), com integrantes da bancada do cocar, que protesta contra o Projeto de Lei (PL) 490, que muda o entendimento sobre a demarcação de terras indígenas
Votação do marco temporal na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), em 30 de maio de 2023. Em destaque, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara (de cocar e Constituição na mão), com integrantes da bancada do cocar, que protesta contra o Projeto de Lei (PL) 490, que muda o entendimento sobre a demarcação de terras indígenas - Sputnik Brasil, 1920, 29.12.2023
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A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e os partidos Rede Sustentabilidade e Psol entraram nesta sexta-feira (29) com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a Lei nº 14.701/2023, que estabeleceu a tese do marco temporal para a demarcação de terras indígenas.
A ação alega que a lei aprovada pelo Congresso é inconstitucional e deve ser suspensa até o julgamento definitivo da questão na Corte.
Pela tese aprovada pelo Congresso, em tempo recorde no final de setembro, o direito à terra de comunidades indígenas só é válido para quem a ocupava ou a disputava judicialmente até 5 de outubro de 1988, quando foi promulgada a Constituição Federal.
Oito dias antes da legislação ser aprovada no Senado, por 43 votos a 21, o STF havia decidido, no fim de setembro, que a proposta era inconstitucional. À época, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), garantiu que não houve "sentimento revanchista com a Suprema Corte".
No início deste mês, o Congresso Nacional derrubou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao marco temporal. O Palácio do Planalto baseou-se na decisão do STF para justificar a medida.
Deputados e senadores contrários ao projeto de lei que estabelece o marco temporal das terras indígenas. Brasília, 14 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 14.12.2023
Notícias do Brasil
Em derrota para o governo, Congresso derruba veto de Lula ao marco temporal indígena
Ontem (28), o PL, o PP e o Republicanos entraram com uma ação para garantir a validade do marco temporal. Na ação encaminhada ao Supremo, os partidos alegam que o Congresso exerceu sua competência legislativa ao validar o marco. Não há prazo para decisão do Supremo.
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) estima que 764 áreas indígenas já foram regularizadas ou estão em processo de estudo.
Ao todo, são 118,3 milhões de hectares, que cobrem 13,9% do território nacional, com a maior parte na região Norte. Desse total, 164 ainda estão em fase de estudos ou próximas de se tornarem uma reserva indígena.
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