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Grupo de direitos humanos do Egito exorta autoridades do país a abrir totalmente a passagem de Rafah

© AP Photo / Hatem AliPalestinos evacuam um prédio atingido por bombardeio israelense na cidade de Rafah. Faixa de Gaza, 22 de outubro de 2023
Palestinos evacuam um prédio atingido por bombardeio israelense na cidade de Rafah. Faixa de Gaza, 22 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 12.01.2024
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Apelo foi feito após Israel culpar o Egito pelo bloqueio à entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza; Egito rechaça acusação, e diz que Israel tenta se eximir de responsabilidade diante da possibilidade de condenação por genocídio em Haia.
O grupo de direitos humanos Fundação Sinai pelos Direitos Humanos, que atua no Egito, na região do Sinai, exortou, nesta sexta-feira (12), as autoridades egípcias a abrir totalmente a passagem de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, para permitir a saída de palestinos feridos e a entrada de ajuda humanitária no enclave.
"A Fundação Sinai apela às autoridades egípcias para que assumam as suas responsabilidades, abram totalmente a passagem terrestre de Rafah e permitam a passagem de palestinianos feridos da Faixa de Gaza para tratamento, e também permitam a entrada de ajuda humanitária e de ajuda acumulada nas áreas de Al-Arish e Rafah para a Faixa de Gaza sem demora", disse o grupo.
O apelo foi feito em uma postagem do grupo na rede social X (antigo Twitter), na esteira da declaração dada, nesta sexta-feira, por representantes de Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, onde Israel responde por genocídio contra a população palestina, no âmbito da denúncia pelo crime apresentada pela África do Sul.
A representação israelense afirmou que "Israel não impediu a entrada de ajuda em Gaza, e o Egito é totalmente responsável pela passagem de Rafah".
O governo egípcio rechaçou a declaração de Israel. O chefe do Serviço de Informações do Estado do Egito, Diaa Rashwan, destacou que, desde o início da ofensiva israelense, o governo de Israel não permitiu a entrada de ajuda humanitária em Gaza, especialmente combustível, segundo noticiou a emissora Al Mayadeen. Ele afirmou ainda que a acusação é uma tentativa de Israel de se eximir da responsabilidade pelo controle da passagem de Rafah.
"Quando o Estado de ocupação [Israel] se viu acusado com provas documentadas de crimes [de genocídio e de guerra] perante a Corte Internacional de Justiça, recorreu a culpar o Egito numa tentativa de escapar à provável condenação. A soberania do Egito estende-se apenas ao lado egípcio da passagem de Rafah, enquanto o outro lado em Gaza está sujeito à autoridade real da ocupação", disse Rashwan.
Ativistas pró-Palestina marcaram para o próximo sábado (13) uma marcha global em solidariedade ao povo palestino. Mais de 120 cidades do mundo, dos seis continentes, participarão da marcha, e a expectativa é reunir milhões de manifestantes pelo fim da violência no enclave.
Desde o início da ofensiva israelense na Faixa de Gaza mais de 23 mil pessoas foram mortas no enclave, sendo 70% do total mulheres e crianças. Outras 7 mil estão desaparecidas. No lado israelense, foram 1.139 mortes.
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