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Rússia apela à Ucrânia a abdicar de armas nucleares para garantir uma resolução pacífica do conflito

© Sputnik / Acessar o banco de imagensBomba termonuclear exibida no museu de armas nucleares no Centro Nuclear Federal Russo (VNIIEF, na sigla em russo), na região de Nizhny Novgorod
Bomba termonuclear exibida no museu de armas nucleares no Centro Nuclear Federal Russo (VNIIEF, na sigla em russo), na região de Nizhny Novgorod - Sputnik Brasil, 1920, 16.01.2024
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A Ucrânia deve retornar ao status de Estado neutro e não detentor de armas nucleares, a fim de possibilitar uma solução pacífica para o conflito no país, declarou nesta terça-feira (16) a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.

"Um acordo de paz verdadeiramente abrangente, justo e sustentável só é possível se a Ucrânia retornar às origens de seu Estado: um status neutro, não alinhado e livre de armas nucleares, com pleno respeito aos direitos e às liberdades dos cidadãos de todas as nacionalidades que vivem em seu território", declarou ela.

Zakharova disse que, infelizmente, essas questões não estão incluídas na fórmula da paz de Vladimir Zelensky nem na agenda das reuniões do "formato de Copenhague".
No dia 14 de janeiro, foi celebrada a quarta reunião sobre a Ucrânia no "formato de Copenhague", na cidade suíça de Davos.
Em novembro de 2022, Zelensky anunciou que Kiev tinha um plano para a paz que consta de dez pontos, incluindo a garantia da segurança nuclear, alimentar e energética para todos, a troca de prisioneiros e o restabelecimento do antigo território da Ucrânia, inclusive com a Crimeia, reintegrada à Rússia desde 2014.
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Mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, reiterou que Kiev rejeitou as negociações com Moscou e que o principal objetivo por trás dos ataques da Ucrânia a instalações civis na Rússia é mostrar aos seus patrocinadores que Kiev ainda tem capacidade de responder às ações de Moscou.

Armas nucleares

Após o colapso da União Soviética, Kiev herdou um arsenal nuclear significativo. No entanto, em 1994, a Ucrânia assinou o Memorando de Budapeste sobre as Garantias de Segurança, renunciando ao terceiro maior estoque mundial de armas nucleares. No entanto, desde o início da operação especial russa, o atual governo ucraniano vem dando uma série de declarações sobre o desejo do país de rever seu status.
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Estado não alinhado

No final de 2014, o Parlamento ucraniano decidiu renunciar ao status de país não alinhado, abrindo caminho para um pedido de adesão de Kiev à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), bloco ocidental que, quebrando promessas, tem buscado se expandir nas últimas décadas até as fronteiras da Rússia.
A possível adesão da Ucrânia à OTAN foi o estopim para o início da operação especial russa, uma vez que a entrada de Kiev na aliança representaria uma ameaça direta à segurança da Rússia.

Liberdades dos cidadãos russófonos

A perseguição contra a população russófona na Ucrânia, que fica concentrada na região de Donbass, é denunciada pela Rússia desde 2013, um ano antes do Maidan, golpe armado de 2014 em Kiev que preparou o terreno para as atuais hostilidades entre a Rússia e a Ucrânia.
Parte da revolta das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) é oriunda desse ataque contra a população civil de origem russa.
Em 2019, a Ucrânia sancionou uma lei que oficializou o ucraniano como idioma oficial, discriminando, portanto, as minorias étnicas russas que residiam no país.
Além disso, em março de 2022, Zelensky suspendeu 11 partidos apontados como apoiadores da Rússia. Meses antes, ele também proibiu jornais e emissoras de TV que, supostamente, seriam apoiadores do Kremlin.
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