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Ministro da Defesa da França admite que há pessoas do país lutando na Ucrânia: 'Não podemos proibir'

© Sputnik / Stanislav KrasilnikovSoldados das unidades de artilharia do Distrito Militar Central das Forças Armadas da Rússia disparam contra posições das Forças Armadas da Ucrânia com obuseiros rebocados Msta-B de 152 mm na direção de Krasny Liman, durante a operação militar especial, em 18 de novembro de 2023
Soldados das unidades de artilharia do Distrito Militar Central das Forças Armadas da Rússia disparam contra posições das Forças Armadas da Ucrânia com obuseiros rebocados Msta-B de 152 mm na direção de Krasny Liman, durante a operação militar especial, em 18 de novembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 20.01.2024
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Em entrevista, o ministro da Defesa da França, Sébastien Lecornu, afirmou neste sábado (20) que o país não pode proibir seus cidadãos de participarem em combates na Ucrânia como mercenários. Nesta semana, o Exército da Rússia atacou um estacionamento com cerca de 60 combatentes na Carcóvia e metade era francês.
Um dia depois de o Ministério das Relações Exteriores francês assegurar que não há mercenários franceses "nem na Ucrânia nem em nenhum outro lugar", o ministro da Defesa admitiu que "há civis que foram para lutar com o uniforme ucraniano", embora tenha dito que o país não pode impedir.
"Não podemos proibi-los, ainda somos uma democracia", justificou o ministro. Em seguida, declarou que essas pessoas não estão vinculadas às Forças Armadas da França, não usam o uniforme correspondente e não têm nenhuma relação com as instituições militares francesas.
Apesar da declaração, uma lei francesa de 2003 proíbe a participação de um cidadão em um conflito armado do lado de um Estado estrangeiro por dinheiro. O Código Penal (artigo 436-1) pune essa prática com uma pena de prisão de até cinco anos e uma multa de 75 mil euros (R$ 403 mil).
Além disso, a criação ou gestão de uma organização que se dedique a recrutar, contratar, equipar e treinar mercenários é punida com uma pena de até sete anos de prisão.
Com relação aos ataques de Kiev com drones e mísseis contra cidades localizadas em territórios internacionalmente reconhecidos como russos, Lecornu responsabilizou Moscou pelos casos, apesar de dizer que "todas as vítimas civis são uma tragédia, incluindo as vítimas civis russas".
Na noite de 16 de janeiro, as Forças Armadas da Rússia destruíram um quartel temporário em Carcóvia onde havia combatentes estrangeiros, a maioria deles franceses. O Ministério da Defesa russo comunicou que pelo menos 60 mercenários morreram e mais de 20 foram hospitalizados após o ataque.
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Convocação de embaixador francês

Após o incidente, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia convocou o embaixador da França em Moscou, Pierre Lévy. A representante oficial da pasta, Maria Zakharova, disse que espera que os franceses entendam o "alcance real" do envolvimento de Paris no conflito na Ucrânia.
"A condução por parte do Ocidente, incluindo a França, de uma 'guerra subsidiária' e o aumento constante do fornecimento de armas e material militar ao regime de [Vladimir] Zelensky vão contra as declarações sobre a importância de estabelecer a paz, provocam uma escalada das hostilidades, causam numerosas vítimas civis e tornam-se cúmplices dos crimes de guerra do regime de Kiev", indicou.
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