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O papel de Hillary Clinton: como a russofobia cresceu para proporções tão épicas no mundo ocidental?

© AP Photo / Jacquelyn MartinEx-secretária de Estado americana, Hillary Clinton, durante cerimônia de inauguração de seu retrato no Departamento de Estado dos EUA. Washington, 26 de setembro de 2023. (AP Photo/Jacquelyn Martin)
Ex-secretária de Estado americana, Hillary Clinton, durante cerimônia de inauguração de seu retrato no Departamento de Estado dos EUA. Washington, 26 de setembro de 2023. (AP Photo/Jacquelyn Martin) - Sputnik Brasil, 1920, 07.02.2024
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A política do Partido Democrata contribuiu para o surgimento de um novo período de neomacarthismo nos Estados Unidos.
A hostilidade em relação à Rússia tem crescido constantemente no discurso midiático dos EUA desde a vitória eleitoral do ex-presidente Donald Trump em 2016.
O triunfo do empresário foi um momento sísmico na política que, juntamente com o Brexit no Reino Unido, remodelou fundamentalmente o diálogo político no Ocidente.
Agora, com as relações EUA-Rússia no ponto mais baixo desde a Guerra Fria, os observadores estão voltando no tempo para compreender como a russofobia cresceu para proporções tão épicas no mundo ocidental.
O analista de segurança Mark Sleboda participou do programa Fault Lines da Sputnik nesta quarta-feira (7) para examinar a resposta da mídia à entrevista de Tucker Carlson com o presidente russo Vladimir Putin, e o apresentador Jamarl Thomas observou a influência de uma pessoa em particular no fomento da histeria antirrussa.

"Para ser honesto, tudo isso remonta a Hillary Clinton", disse Thomas, enquanto Sleboda observava que a russofobia limitava as opções de Trump na diplomacia com a Rússia durante sua presidência.

"A posição democrata [era a de que] foi Vladimir Putin quem colocou Donald Trump sob sua proteção e o carregou, como a coisa das pegadas, onde Jesus carregou a pessoa quando ela viu apenas um par de pegadas, e que Putin é a razão pela qual Trump conseguiu o mandato. [...] E Hillary Clinton disse isso a todos, sem fôlego, de fato, foi isso que ela continuou sinalizando depois de perder", acrescentou Thomas.
"Essa foi uma das coisas que ela basicamente culpou. Os democratas acreditam nisso até hoje e acreditam porque, do ponto de vista deles, não havia como esse homem incompetente vencer a nossa mulher mais qualificada na história das mulheres no que diz respeito à política", destacou o apresentador.
"Essa distorção existe porque Hillary Clinton semeou a população com esse absurdo. É lamentável, para ser honesto", insistiu Thomas.
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Sleboda concordou com a avaliação, acrescentando: "não há dúvida de que ela [Clinton] foi uma grande jogadora".
"[Clinton] não se limitou a insultar Donald Trump, é claro", observou Sleboda.

"Ela arrastou os membros do seu próprio partido [Tulsi Gabbard] que estavam concorrendo à presidência como um "agente russo", simplesmente porque Tulsi Gabbard tinha posições sobre a política externa que criticavam a política externa existente dos EUA, incluindo os eventos que levaram a esse conflito na Ucrânia. [...] "Então, Hillary Clinton é tão pró-hegemônica, e com os EUA desempenhando o papel de hegemonia mundial, ela está disposta a caluniar até mesmo os membros de seu próprio partido", concluiu o analista.

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