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Governo brasileiro emite nota sobre operação terrestre de Israel em Rafah: 'Consequências graves'
Governo brasileiro emite nota sobre operação terrestre de Israel em Rafah: 'Consequências graves'
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Chancelaria brasileira reafirmou sua posição perante a questão, defendendo a solução de dois Estados no qual o palestino tenha sua capital localizada em... 13.02.2024, Sputnik Brasil
2024-02-13T16:00-0300
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O Ministério das Relações Exteriores emitiu uma nota neste terça-feira (13) alertando para os riscos da operação terrestre planejada por Israel em Rafah, ao sul da Faixa de Gaza. O Itamaraty considera que "se levada a cabo" a ação implicará em "graves consequências".A pasta também sublinhou que desde outubro do ano passado pessoas foram deslocadas por causa da campanha militar das Forças de Defesa de Israel (FDI), e que o movimento "mereceu a condenação do Brasil e de boa parte dos países, à luz do direito internacional e do direito internacional humanitário"."O início dos deslocamentos forçados, primeiramente do Norte para o Sul de Gaza [...] é elemento indissociável da dramática crise humanitária vivida há quatro meses pela população de Gaza [...]", diz a nota acrescentando que "estima-se que 80% dos habitantes de Gaza tenham sido obrigados a deixar suas casas, e a maioria deles na direção de Rafah, indicada inicialmente como área segura pelas autoridades israelenses".Por fim, a chancelaria pediu o cessar das hostilidades e a libertação de reféns, ao mesmo tempo que defendeu a solução de dois Estados no qual Jerusalém Oriental permaneça sendo a capital do Estado palestino.O Itamaraty também informou sobre a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Egito hoje (13), dizendo que o presidente conversará com seu homólogo egípcio, Abdul Fatah Khalil al-Sisi, sobre o conflito na Faixa de Gaza.Na semana passada, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu solicitou na sexta-feira (9) aos seus militares que apresentassem um plano para a evacuação de civis da cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, onde permanecem quatro batalhões do Hamas, disse seu gabinete.As chances de os palestinos conseguirem sair de Rafah são precárias e difíceis, visto que essas pessoas, cerca de 1,4 milhão, são as mesmas que deixaram suas casas desde outubro do ano passado quando Tel Aviv começou sua campanha militar no enclave.
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Governo brasileiro emite nota sobre operação terrestre de Israel em Rafah: 'Consequências graves'
16:00 13.02.2024 (atualizado: 16:31 13.02.2024) Chancelaria brasileira reafirmou sua posição perante a questão, defendendo a solução de dois Estados no qual o palestino tenha sua capital localizada em Jerusalém Oriental.
O Ministério das Relações Exteriores emitiu uma nota neste terça-feira (13) alertando para os riscos da operação terrestre
planejada por Israel em Rafah, ao sul da Faixa de Gaza.
O Itamaraty considera que "se levada a cabo" a ação implicará em "graves consequências".
"O governo brasileiro recebe, com grande preocupação, o recente anúncio, por parte de autoridades israelenses, de preparação de nova operação militar terrestre em Gaza, desta vez no Sul, na região de Rafah, na fronteira com o Egito. Tal operação, se levada a cabo, terá como graves consequências, além de novas vítimas civis, um novo movimento de deslocamento forçado de centenas de milhares de palestinos, como vem ocorrendo desde o início do conflito", afirmou o ministério no comunicado.
A pasta também sublinhou que desde outubro do ano passado pessoas foram deslocadas por causa da campanha militar das Forças de Defesa de Israel (FDI), e que o movimento "mereceu a condenação do Brasil e de boa parte dos países, à luz do direito internacional e do direito internacional humanitário".
"O início dos deslocamentos forçados, primeiramente do Norte para o Sul de Gaza [...] é
elemento indissociável da dramática crise humanitária vivida há quatro meses pela população de Gaza [...]", diz a nota acrescentando que "estima-se que 80% dos habitantes de Gaza tenham sido obrigados a deixar suas casas, e a maioria deles na direção de Rafah,
indicada inicialmente como área segura pelas autoridades israelenses".
Por fim, a chancelaria pediu o cessar das hostilidades e a libertação de reféns, ao mesmo tempo que defendeu a solução de dois Estados no qual
Jerusalém Oriental permaneça sendo a capital do Estado palestino.
"Reafirmamos o compromisso com uma solução de dois Estados, com um Estado da Palestina viável, convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, que incluem a Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental como sua capital."
O Itamaraty também
informou sobre a viagem do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva ao Egito hoje (13), dizendo que o presidente conversará com seu homólogo egípcio,
Abdul Fatah Khalil al-Sisi, sobre o conflito na Faixa de Gaza.
Na semana passada, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu solicitou na sexta-feira (9) aos seus militares que apresentassem um plano para a evacuação de civis da cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, onde permanecem quatro batalhões do Hamas, disse seu gabinete.
As chances de os
palestinos conseguirem sair de Rafah são precárias e difíceis, visto que essas pessoas, cerca de 1,4 milhão, são as mesmas que deixaram suas casas desde outubro do ano passado quando Tel Aviv começou sua campanha militar no enclave.