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Inflação argentina apresenta queda em janeiro, mas ainda registra alta anual de 254,2%

© AP Photo / Natacha PisarenkoPedestre argentino passa por cartazes de campanha relacionados às eleições contra o candidato presidencial Javier Milei, com dizeres "Pequenas e médias empresas sim. Motosserra não. O futuro é trabalho e produção", em Buenos Aires. Argentina, 19 de outubro de 2023
Pedestre argentino passa por cartazes de campanha relacionados às eleições contra o candidato presidencial Javier Milei, com dizeres Pequenas e médias empresas sim. Motosserra não. O futuro é trabalho e produção, em Buenos Aires. Argentina, 19 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 14.02.2024
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O Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec, na sigla em espanhol) da Argentina informou nesta quarta-feira (14) que a inflação em janeiro no país ficou em 20,6%, abaixo dos 25,5% registrados em dezembro.
Apesar da queda, a inflação dos últimos 12 meses atingiu o nível mais elevado das últimas três décadas e a taxa anual chegou a 254,2%, uma das mais altas do mundo.
Os itens com os maiores aumentos em janeiro foram bens e serviços (44,4%), transportes (26,3%), comunicação (25,1%) e alimentos e bebidas não alcoólicas (20,4%).
As categorias de recreação e cultura (24%), equipamentos e manutenção doméstica (22,3%) e bebidas alcoólicas e tabaco (21%) também sofreram aumento acima da média.
Abaixo da média, a saúde aumentou 20,5%, à frente de alimentação e bebidas não alcoólicas (20,4%), restauração e hotelaria (19,4%) e habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (14%).
O item que ficou mais barato foi a educação (0,9%), seguida de vestuário e calçado (11,9%). O governo espera que a inflação aumente ainda nos próximos meses por causa do pacote de cortes e ajustes que a atual administração enfrenta para atingir o déficit zero.
O mercado central de Buenos Aires - Sputnik Brasil, 1920, 14.02.2024
Panorama internacional
Argentinos vão fazer compras nos mercados bolivianos devido à inflação em seu país, diz mídia
De acordo com a mídia local, centenas de cidadãos argentinos atravessam a fronteira com a Bolívia para fazer compras, devido à inflação. Em dezembro de 2023, poucos dias após assumir o cargo, Milei desvalorizou o peso argentino em 50%, passando de 400 para 800 pesos por dólar (cerca de 168 pesos por real).
A taxa de câmbio paralela, conhecida como dólar azul, também foi desvalorizada em mais de 70% em 2023, sendo negociada a mais de 1.400 pesos por dólar em dezembro. Essa desvalorização teve impacto negativo na economia argentina, provocando aumento da inflação.
A situação tem obrigado cidadãos argentinos a ir aos mercados bolivianos para adquirir produtos a preços acessíveis, até 70% mais baratos do que na Argentina. A taxa de câmbio oficial do dólar na Bolívia é de 6,85 bolivianos por dólar.
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