Lei marcial na Ucrânia mina liberdades e põe em questão sua democracia, diz ex-diplomata americana
15:05 17.02.2024 (atualizado: 15:14 17.02.2024)
© AP Photo / Vadim GhirdaSoldado ucraniano em tanque com bandeira da Ucrânia, arredores de Kiev, 2 de abril de 2022
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Uma diplomata dos EUA especializada na política energética do Leste Europeu criticou a situação na Ucrânia, referindo a "restrição das liberdades, das liberdades econômicas, dos procedimentos burocráticos e legais".
A ex-diplomata norte-americana Suriya Jayanti, em um artigo de sexta-feira (16) para a revista norte-americana Time, denotou preocupações crescentes sobre o estado da democracia ucraniana, bem como sobre o Estado de direito no país.
"[...] Há preocupações crescentes sobre o estado da democracia ucraniana e o Estado de direito", escreveu Jayanti, especializada na política energética do Leste Europeu.
Em sua opinião, a mais óbvia é o adiamento das eleições presidenciais e parlamentares na Ucrânia, que deveriam ser realizadas até 29 de outubro, enquanto o mandato presidencial de Vladimir Zelensky terminará em abril de 2024.
"A lei marcial tem significado a restrição das liberdades, das liberdades econômicas, dos procedimentos burocráticos e legais. Ela inclui a fusão de todos os canais televisivos nacionais em uma única plataforma e a proibição de todos os partidos políticos de oposição supostamente ligados à Rússia, restrições à exportação de capital e várias nacionalizações de empresas", acrescenta a ex-diplomata.
A autora do artigo observa que as medidas introduzidas por Zelensky, supostamente justificadas pela necessidade do tempo de guerra, estão começando a irritar.